No momento, você está visualizando Produtores de soja de MT reclamam de preços dos fertilizantes
Alta no preço dos fertilizantes tem prejudicado o produtor de soja no MT

Produtores de soja de MT reclamam de preços dos fertilizantes

Solução proposta pelos produtores de soja é acionar bancada ruralista para investigar alta dos preços de fertilizantes

Os produtores de soja de Mato Grosso estão indignados com a alta dos preços de fertilizantes. Agora eles decidiram envolver a bancada ruralista em Brasília para sugerir que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) entre em ação para investigar as empresas de fertilizantes.

A Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) de Mato Grosso diz que os reajustes nos preços são abusivos e inexplicáveis. Além disso, acusa a formação de cartel com intuito de “gerar lucro às poucas empresas que atuam no país”. Em comunicado, a Aprosoja destaca que os preços dos fertilizantes subiram 350% e portanto isso pode provocar riscos de desabastecimento.

“Essa alta de 350% no custo dos fertilizantes traz um impacto gigantesco no custo de produção. À medida que o agricultor é um tomador de custo, não sabe quanto vai vender sua mercadoria, tem um impacto direto na viabilidade das lavouras, corre o risco de não ser viável para o produtor para o próximo ano e principalmente para o consumidor final”, disse presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Fernando Cadore.

“Na outra ponta, a gente vê um margeamento estratosférico por parte das empresas que comercializam; tiveram empresas que aumentaram seus lucros líquidos em mais de 600% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Então nós precisamos do apoio governamental para investigar se não há formação de cartel; se não há excesso de margeamento num ano que o mundo precisa se ajudar. Pois é inadmissível que o produtor rural pague a conta, que o cidadão brasileiro pague essa conta”, completa.

Frente parlamentar

A frente parlamentar da agropecuária disse que o pedido da Associação de Mato Grosso foi realmente enviado ao Instituto Pensar Agro, que presta assessoria ao colegiado, e que está à frente da elaboração de um estudo que envolve o Ministério de Relações Exteriores para saber se está realmente havendo abuso nos preços ou então apenas repasses de custos maiores.

A Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), que representa as indústrias do setor de fertilizantes, não se manifestou. A entidade enviou uma nota dizendo que considera preocupante qualquer insinuação que possa prejudicar uma indústria que luta para garantir o fluxo desses insumos ao país e ressaltou que o volume de entrega de adubos tem batido recordes com frequência.