Criado para auxiliar produtores rurais do bioma Pantanal de Mato Grosso a se desenvolverem no âmbito econômico, social e ambiental
O programa Fazenda Pantaneira Sustentável está dando novos passos para ampliar o atendimento a mais produtores no bioma. O programa é coordenado pelo Sistema Famato, em parceria com a Embrapa Pantanal e os produtores atendidos pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar-MT de maneira gratuita.
A equipe da Fazenda Pantaneira Sustentável é composta por representantes das instituições envolvidas. Desse modo, realizou encontros com produtores e representantes dos Sindicatos Rurais nos municípios de Cáceres, Poconé, Cuiabá, Santo Antônio do Leverger e Itiquira para apresentar o programa para produtores seus resultados ao longo dos anos de assistência. Além disso, palestras que abordaram as iniciativas e conquistas do programa, incluindo a relevância da Lei do Pantanal e os Decretos relacionados.
O projeto piloto que começou em 2018 realizou diagnósticos ambientais, sociais e econômicos em cada uma das 15 propriedades rurais assistidas. Ou seja, nos cinco municípios do estado de Poconé, Cáceres, Santo Antônio do Leverger, Itiquira e Barão de Melgaço.
Assim, os trabalhos contam com um time de técnicos das entidades envolvidas que visitam as propriedades rurais periodicamente. Realizam o levantamento das informações e orientam os produtores conforme as particularidades de cada fazenda. Mais de 80 produtores se interessaram em participar do programa.
Próximos passos da FPS
Segundo o presidente da Famato, Vilmondes Tomain, o programa trás esperança para a produção sustentável com o uso de tecnologias.
O chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e um dos idealizadores da Fazenda Pantaneira Sustentável, Jorge Lara, explica que o foco do programa é buscar um sistema que agregasse a importância econômica do Pantanal, o desenvolvimento social e a garantia da estabilidade da região. Há 10 anos, a Embrapa desenvolveu um software que avalia o quão sustentáveis as propriedades rurais e o potencial máximo que elas podem atingir.
Jorge conta que o resultado do piloto foi um sucesso permitindo a expansão com segurança.
“A nossa expectativa para os próximos passos da FPS é aprimorar o software que já existe. Incluindo sistemas de inteligência artificial para que a gente possa dar respostas cada vez mais assertivas para cada produtor participante. Além da construção da cadeia de todos os elos comerciais que possam levar, não só o produto, o bezerro, de qualidade sustentável, mas também a questões de certificação, conquista de mercados e também o diferencial do Pantanal em relação a outras regiões de produtoras de bovinos, ou mesmo carne quando na terminação”, projeta Jorge.