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Quem são os melhores inventores do mundo

Sem pensadores criativos, a sociedade e economia ficariam paradas. Os mais inovadores acabam de ser distinguidos com o Prémio Inventor Europeu do Instituto Europeu de Patentes(EPO). O porta-voz da instituição, Luis Berenguer Giménez, apresenta os finalistas deste ano como “pioneiros no seu campo e verdadeiramente inspiradores”.

De semicondutores inteligentes a plásticos mais ecológicos, passando pela utilização da nanotecnologia na medicina, espera-se que os finalistas contribuam para o progresso da sociedade, aumentem o crescimento económico e melhorem a vida quotidiana.

Para Luis Berenguer Giménez “estes inventores dedicam as suas vidas a resolver os maiores desafios do nosso tempo. Com o seu engenho, com a sua criatividade”. O objetivo do EPO é “mostrar o seu incrível trabalho, o impacto que a inovação pode ter, e a capacidade de tornar o mundo mais inteligente, mais seguro e mais sustentável”.

O Prémio Inventor Europeu dá-nos uma visão única das verdadeiras histórias cativantes de inovação, de perseverança, de sucesso. Mostra os melhores e mais brilhantes inventores que inspiram a próxima geração, pelo menos assim o esperamos, e como evento decorre online, o impacto é cada vez mais global.
As categorias do Prémio Inventor Europeu incluem a Indústria, Investigação e Pequenas e Médias Empresas. Os vencedores foram anunciados esta quinta-feira:

Indústria

Per Gisle Djupesland (Noruega) que criou umdispositivo médico que aproveita a forma natural do nariz e a respiração do próprio paciente para melhorar o fornecimento de medicamentos nasais. A invenção ajudou a crescer uma empresa que está agora cotada na bolsa..

Investigação

Robert N. Grass e Wendelin Stark (Áustria/Suíça) que desenvolveram um novo método de armazenamento de dados com base no ADN, utilizando fossilização artificial em minúsculas esferas de vidro.

Países não pertencentes à EPO

Sumita Mitra (Índia/EUA) que descobriu que os nanoclusters podiam ser utilizados na odontologia, resultando em preenchimentos robustos, duráveis e esteticamente bonitos. O material supera muitas das limitações dos compósitos dentários anteriores, demasiado fracos para serem utilizados em superfícies de mordedura, ou rapidamente perderam o seu polimento.

Pequenas e médias empresas (PME)

Henrik Lindström e Giovanni Fili (Suécia) que, a partir da sua fábrica em Estocolmo, produzem uma célula solar utilizando um novo material de eléctrodo com condutividade muito elevada que pode ser impresso à medida, em quase qualquer forma ou cor, e pode mesmo gerar electricidade dentro de casa.

Prémio de Carreira

**Karl Leo** (Alemanha) por avanços em semicondutores orgânicos. O físico alemão introduziu uma nova geração de díodos emissores de luz orgânicos altamente eficientes (OLED).

Uma invenção que está no bolso de milhões de pessoas

Chamam-lhe o “Papa orgânico-eletrónico”. Com as suas inovações, o físico, engenheiro, professor e empresário de sucesso virou a indústria eletrónica de pernas para o ar. Karl Leo venceu o Prémio Carreira com uma invenção que está em quase todos os smartphones.

“Quando comecei a trabalhar em semicondutores orgânicos, eles eram materiais exóticos que eram fisicamente interessantes. Havia novos fenómenos, mas ninguém acreditava numa aplicação prática,” explica Leo.
Os semicondutores orgânicos são feitos de carbono. Podem ser transformados em pó ou líquido e brilham quando são carregados. O físico alemão melhorou por completo a sua reduzida eficiência ao adicionar quantidades muito baixas de outros materiais, criando um cocktail que melhorou a condutividade através de uma tecnologia chamada doping. Uma descoberta feita em 1998, quando a criou o primeiro díodo emissor de luz orgânica eficiente, chamado OLED.

“Quando se trata de semicondutores orgânicos, existem dois princípios. Ou os carregamos, criando luz para candeeiros ou ecrãs, ou absorvemos a luz e criamos energia graças ao módulo solar,” adianta o vencedor do Prémio de carreira do Instituto Europeu de Patentes.

Os OLEDs de Leo melhoram a eficiência energética, o brilho e a resolução das cores. Por esta altura já os pode encontrar em quase todos os smartphones, tablets, televisores de ecrã plano e em vários módulos solares.

Karl Leo assume estar “feliz” com o que já alcançou, mas confessa que “as coisas mais interessantes são aquelas que ainda não compreendemos”.
Fonte: Euronews, foto: Publico