O Generative AI by Getty Images é uma espécie de DALL-E, mas treinado apenas com conteúdo licenciado da empresa
O Getty Images vai lançar o Generative AI by Getty Images – nova ferramenta estilo DALL-E para as pessoas criarem imagens por meio de inteligência artificial (IA). Para desenvolver a plataforma, a empresa usou o modelo Edify, disponível na biblioteca de modelos de IA generativa Picasso da Nvidia.
Saiba mais detalhes
- O Getty Images vai lançar o Generative AI, uma ferramenta que permite criar imagens usando inteligência artificial (estilo o DALL-E);
- A plataforma utiliza o modelo Edify da biblioteca de IA generativa Picasso da Nvidia e é treinada exclusivamente na biblioteca de imagens do Getty Images;
- Os usuários da ferramenta estarão legalmente protegidos ao utilizarem as imagens geradas de maneira comercial, garantiu a empresa;
- O destaque da ferramenta é sua capacidade de renderizar figuras humanas com quê de realismo, segundo os testes realizados pelo The Verge;
- No entanto, a IA do Getty Images possui restrições para evitar a criação de imagens de pessoas reais em situações fictícias e, consequentemente, manipulação de eventos da vida real.
Recurso
O recurso é treinado apenas na vasta biblioteca de imagens da Getty Images, incluindo conteúdo premium. Ou seja, os usuários não precisarão se preocupar com problemas relacionados a direitos autorais. Qualquer pessoa que usar a ferramenta e usar comercialmente a imagem criada estará legalmente protegida, promete a empresa.
A repórter Emilia David, do The Verge, testou o Generative AI by Getty Images. Confira abaixo suas primeiras impressões sobre a ferramenta.
A jornalista quis checar principalmente como a nova IA gera fotos, em vez de ilustrações, para testar o quão próxima de uma imagem real do Getty Images ela conseguiria chegar. “E as fotos ficaram melhores do que eu esperava”, escreveu. Segundo Emilia, a ferramenta se saiu bem ao renderizar figuras humanas com quê de realismo.
Os usuários podem escrever seu próprio comando ou usar o construtor de prompts para orientá-los. Eles também podem integrar a ferramenta em seus próprios fluxos de trabalho por meio de uma API. E o Getty Images marca as imagens criadas pela ferramenta, identificando a foto como gerada com IA.
Além disso, a IA do Getty Images limita o tipo de imagens que os usuários podem gerar. Por exemplo: não deixou a repórter criar uma foto de Joe Biden na frente da Casa Branca ou de um gato no estilo de Andy Warhol ou Jeff Koons. Qualquer comando com o nome de uma pessoa real é proibido.
Pedir uma imagem do presidente dos Estados Unidos resultou em fotos tanto de homens quanto de mulheres, algumas das quais eram pessoas não-brancas, na frente da bandeira dos EUA. A empresa explicou que o modelo “não sabe quem é Andy Warhol, Joe Biden ou qualquer outra pessoa do mundo real” porque não quer manipular ou recriar eventos da vida real.
Outras questões
Os clientes podem acessar o Generative AI by Getty Images através do site da empresa. A empresa disse que a ferramenta terá um preço separado de uma assinatura padrão da Getty Images, e o preço tem com base o volume de comandos. No entanto, ela não especificou os preços.
A empresa também explicou que os usuários terão direitos perpétuos, mundiais e ilimitados sobre a imagem que criaram. Isso é semelhante à licença de conteúdo de sua biblioteca, onde a empresa é a proprietária do arquivo, mas o licencia para uso.
A companhia também informou que quaisquer fotos criadas com a ferramenta não incluídas nas bibliotecas de conteúdo. E a empresa pagará aos criadores se usar a imagem gerada por IA deles para treinar as versões atuais e futuras do modelo. Ela compartilhará as receitas geradas pela ferramenta, “alocando uma parcela proporcional para cada arquivo e uma parcela com base na receita de licenciamento tradicional”.
O Getty Images acrescentou que os clientes eventualmente poderão adicionar seus próprios dados para treinar o modelo e gerar imagens com o estilo de sua marca. Essa funcionalidade e outros serviços estarão disponíveis ainda em 2023.