Outras áreas precisam ser sacrificadas pelo reajuste das forças federais
O reajuste das forças federais de segurança depende de cortes em outras áreas do Orçamento de 2022, disse (20) a presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senadora Rose de Freitas (MDB-ES). Durante a tarde, ela e o relator do Orçamento, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), reuniram-se com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tentarem fechar um acordo para a votação do relatório final na comissão.
Segundo a senadora, os cortes podem vir até do fundo eleitoral e de emendas parlamentares. “Tudo está na mesa”, declarou Rose de Freitas, perguntada sobre o assunto. Nesta terça-feira (21), a CMO fará então uma nova reunião às 10h, para tentar votar o parecer de Hugo Leal.
De acordo com a presidente da CMO, é necessário, antes de tudo, resolver pendências nos orçamentos para a saúde e a educação, antes de discutir o reajuste para os servidores.
Para ela, a CMO trabalha para que nenhuma das duas áreas enfrente escassez de recursos no próximo ano. “Quando você fala em reajustar, não é uma categoria, são várias. Portanto, esse assunto ainda não foi tratado”, declarou.
Reunião deve discutir reajuste das forças federais
A reunião de hoje, informou a senadora, teve como objetivo discutir o remanejamento de verbas para a educação. O número de pendências para a votação do Orçamento, caiu de 11 para 4. Pois um dos itens, é o reajuste às forças federais de segurança. “O Ministério da Economia não apontou de onde tirar recursos para reajustar os salários dos policiais”, declarou.
No parecer apresentado nesta segunda-feira, o deputado Hugo Leal, fixou em R$ 1.210 o valor do salário mínimo para 2022. Ao passo que o relator do Orçamento, não acatou o pedido do Ministério da Economia para abrir espaço para R$ 2,8 bilhões para custear o reajuste a determinadas categorias de servidores.
No ofício enviado ao Congresso, o Ministério da Economia não informou quais categorias deve atender. No entanto, no dia 14, o presidente Jair Bolsonaro tinha prometido aumentos salariais para policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários.
Fonte: Agência Brasil