O valor de produção de todos os produtos pecuários levantados na pesquisa, incluindo os da aquicultura, chegou a R$ 116,3 bilhões
O rebanho bovino brasileiro cresceu em 2022 pelo quarto ano consecutivo e alcançou novo recorde da série histórica, atingindo 234,4 milhões, segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada nesta quinta-feira (21) pelo IBGE. O crescimento anual foi de 4,3%.
Aumento no abate
De acordo com Mariana Oliveira, analista da pesquisa, a produção de bovinos vem aumentando desde 2019, devido aos bons preços da arroba e do bezerro vivo. “Houve um processo de retenção de fêmeas para reprodução, devido aos preços mais atrativos. Mas a expectativa é de que a alta dos preços tenha se encerrado em 2022, quando observamos, também, aumento no abate de fêmeas”, disse.
O valor de produção de todos os produtos pecuários levantados na pesquisa, incluindo os da aquicultura, chegou a R$ 116,3 bilhões no ano passado. Ou seja, um aumento de 17,5%. A produção de leite concentrou 68,8% deste valor, seguida pela produção de ovos de galinha (22,4%).
No ranking municipal, considerando os seis principais produtos (leite, ovos de galinha, ovos de codorna, mel, lã e casulos de bicho-da-seda), Santa Maria de Jetibá (ES), apresentam o maior valor da produção, com R$ 1,6 bilhão, dos quais 95% foram provenientes da venda de ovos de galinha, produto no qual lidera o ranking.
Castro (PR) assumiu a segunda posição com R$ 1,2 bilhão, 98,7% proveniente da produção de leite. Em seguida, Bastos (SP) fechou o top 3, sendo o segundo maior produtor nacional de ovos de galinha.
Conforme a pesquisa, todos os chamados efetivos animais apresentaram crescimento no ano passado, à exceção de codornas (-8,2%). Os plantéis de bovinos e suínos aumentaram 4,3% cada um; o de bubalinos 3,0%; de equinos, 0,9%; caprinos, 3,9%; assim como ovinos, 4,7%; galináceos, 3,8%; e galinhas, 2,4%. Houve ainda recorde nas produções de mel que cresceu 9,5%, e de ovos de galinha com alta de 1,3%.