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Ícone do automobilismo , Wilson Fittipaldi Júnior faleceu nesta sexta-feira (23), em São Paulo. O ex-piloto de Fórmula hospitalizado

Wilsinho Fittipaldi morre aos 80 anos em São Paulo

Ex-piloto Wilsinho Fittipaldi idealizou 1ª equipe brasileira de Fórmula 1 ao lado do irmão

Ícone do automobilismo brasileiro, Wilson Fittipaldi Júnior faleceu nesta sexta-feira (23), em São Paulo. O ex-piloto de Fórmula 1, hospitalizado no dia 25 de dezembro de 2023, ao se engasgar com um pedaço de carne e ter uma parada cardíaca, enquanto comemorava o aniversário de 80 anos com a família.

Wilsinho, como era conhecido, estava internado no Hospital Sainte Marie, credenciado à rede Prevent Senior, na zona sul da capital paulista. Inicialmente levado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde foi entubado e sedado, o ex-piloto chegou a ser transferido para o quarto em meados de janeiro.

Nascido em São Paulo, Wilsinho era filho de Wilson Fittipaldi, o Barão, fundador da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) e pioneiro em narrações da modalidade. O ex-piloto começou a correr na década de 1960, chegando à Fórmula 1 em 1972. No entanto, passou três temporadas na principal categoria do esporte a motor, com 35 provas disputadas e um quinto lugar no Grande Prêmio da Alemanha de 1973, pela equipe britânica Brabham.

Foi em sua última prova na categoria, porém, que Wilsinho fez história. Em 1975, ele alinhou no grid a bordo da Copersucar-Fittipaldi, primeira equipe brasileira da Fórmula 1, fundada ao lado do irmão mais novo, Emerson Fittipaldi, bicampeão mundial. Mas na temporada seguinte, o ex-piloto se tornou chefe da escuderia, que permaneceu no campeonato mundial até 1982.

Patrimônio do automobilismo brasileiro

Wilsinho deixa a esposa Rita e o filho Christian Fittipaldi, que correu na Fórmula 1 entre 1992 e 1994.

Ele também era tio-avô de Pietro Fittipaldi, piloto reserva da equipe norte-americana Haas, na principal categoria do automobilismo.

Em publicação nas redes sociais, a CBA enalteceu o ex-piloto como “patrimônio do automobilismo brasileiro”. Segundo a nota da confederação, Wilsinho “reuniu talento, visão de futuro e ousadia para levar o nome do Brasil a um patamar jamais imaginado”. Assim, destacou a criação da equipe Copersucar-Fittipaldi como um projeto que “estava à frente do seu tempo”.

A Stock Car, principal competição automobilística do país (e da qual Wilsinho participou em três temporadas, sendo vice-campeão em 1991) também se manifestou. Em nota, o diretor executivo da Vicar, organizadora da categoria, Fernando Julianelli, destacou a “alma inquieta” do ex-piloto.