As novas regras sanitárias entrariam em vigor no dia 11
O Governo vai adiar em uma semana a entrada em vigor das regras sanitárias para viajantes ingressarem no país. O motivo foi o ataque cibernético a sites, aplicativos e sistemas do Ministério da Saúde. A informação é do secretário executivo do Ministério da Saúde (MS), Rodrigo Cruz, que conversou com a imprensa na portaria do Ministério da Saúde.
O site do Ministério da Saúde, a página e o aplicativo do ConecteSUS, que fornece o Certificado Nacional de Vacinação Covid-19, tiveram invasão de hackers. A página do ministério já voltou a funcionar, mas ainda não é possível acessar os dados sobre a vacina contra covid-19, fornecidos pelo ConecteSUS.
Também afetou o e-SUS Notifica, que recebe notificações dos estados e municípios sobre a síndrome gripal suspeita e confirmada de covid-19. Outro sistema afetado foi do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI).
“O time do DataSUS está avaliando o restabelecimento da base de dados, mas a gente ainda não tem um prazo. Por precaução, vamos publicar uma portaria, postergando por sete dias o início da vigência das regras que iniciariam amanhã”, disse Cruz. Ele explicou que a portaria terá publicação em edição extra do Diário Oficial da União.
Segundo o secretário, o objetivo é evitar que brasileiros que já estejam em viagem no exterior sejam prejudicados por não conseguiram baixar documentos que comprovem a vacinação contra covid-19. Do mesmo modo, ele acrescentou que o ministério e o serviço de nuvem (armazenamento de dados) tem política de backups (cópias de segurança).
Regras sanitárias
As novas regras sanitárias entrariam em vigor neste sábado (11). Para entrar no Brasil, viajantes terão que apresentar comprovante de vacinação completa contra a covid-19, sendo que a aplicação da última dose ou da dose única deve ter acontecido pelo menos com 14 dias antes do embarque.
Nesse sentido, também irá exigir teste RT-PCR negativo realizado até 72 horas antes, ou teste negativo de antígeno realizado 24 horas antes.
Os imunizantes que utilizam devem receber aprovação da Organização Mundial da Saúde (OMS), pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou por autoridades sanitárias do país onde o viajante recebeu a dose.
Os passageiros não vacinados terão de apresentar os resultados dos testes. Em outras palavras, precisam passar por uma quarentena de cinco dias na cidade listada como destino final na Declaração de Saúde do Viajante. Dessa forma, ao final da quarentena, vão exigir um novo teste RT-PCR ou antígeno.
Ou seja, caso o resultado seja positivo, o passageiro segue em quarentena. Caso dê negativo, ele poderá circular normalmente pelo país.
Aeroportos
Os aeroportos de Brasília, de Guarulhos, em São Paulo, e do Galeão, no Rio de Janeiro, terão postos de vacinação contra a covid-19. Afinal, os terminais respondem pelo maior volume de passageiros internacionais no país. A ideia, de acordo com o Ministério da Saúde, é que os pontos estejam em funcionamento, sobretudo, nos horários de maior movimento.
Fonte: Agência Brasil