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Segundo pesquisadores, 65% das pessoas que tomaram o remédio ubrogepant relataram não terem tido limitações com a enxaqueca - Foto: Wikipedia/CC

Remédio pode impedir enxaqueca antes que dor comece, diz estudo

Segundo pesquisadores, 65% das pessoas que tomaram o remédio ubrogepant relataram não terem tido limitações nas atividades diárias causadas pela dor

Um remédio chamado ubrogepant pode ser eficaz para impedir a enxaqueca antes que a dor de cabeça comece de fato, reduzindo ou eliminando os sintomas e ajudando os pacientes a seguirem com suas atividades diárias. A descoberta é de novo estudo publicado na revista médica Neurology, da Academia Americana de Neurologia.

O ubrogepant é um medicamento inibidor de CGRP, uma proteína que desempenha um papel importante no processo de enxaqueca. O trabalho teve como foco pessoas com enxaqueca que conseguem distinguir os primeiros sinais de uma crise. Ou seja, sensibilidade à luz e ao som, dor ou rigidez no pescoço, tontura ou fadiga.

O estudo envolveu 518 participantes que tiveram enxaqueca por pelo menos um ano e tiveram de dois a oito crises de dor por mês, durante um período de três meses que antecederam o estudo. Todos eles tiveram sinais de que uma enxaqueca começaria nas próximas horas antes de terem, de fato, uma crise.

Os pesquisadores solicitaram aos participantes que tratassem duas crises de enxaqueca em um período de dois meses.

Para isso, eles os dividiram em dois grupos. Um que recebeu placebo para a primeira crise e 100 mg de ubrogepant para a segunda. E outro que tomou o remédio para a primeira crise e placebo para a segunda.

Enquanto estavam sob tratamento, os participantes avaliaram como a enxaqueca impactava suas atividades diárias por meio de uma escala que variava de 0 (sem nenhum impacto) até 5 (impacto extremo). Nas 24 horas após o uso do medicamento ou placebo, 65% das pessoas que tomaram ubrogepant relataram nenhum ou “pouco impacto” causado pela dor de cabeça. Em comparação, 48% que tomaram placebo fizeram a mesma avaliação.

Mais estudos

Além disso, os pesquisadores descobriram que duas horas após a medicação, as pessoas que tomaram o medicamento tinham 73% mais chances de relatar que não tinham “nenhuma limitação, [eram] capazes de funcionar normalmente” do que aquelas que tomaram o placebo.

Segundo os autores, as descobertas do estudo se aplicam às pessoas com enxaqueca que possuem sinais de alerta confiáveis para crises. Alem de conseguir identificar esses sinais.

O estudo tem limitações, como o fato de os participantes terem registrado seus sintomas e uso do medicamento em diários eletrônicos. Portanto, sendo possível que algumas pessoas não tenham registrado todas as informações com precisão. Por isso, mais estudos são necessários para validar os achados.