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O crescimento interanual da renda habitual média dos trabalhadores brasileiros foi de 5,8%, mostra estudo publicado pelo IPEA - Foto: Marcelo Camargo/AgênciaBrasil

Renda média dos trabalhadores tem crescimento interanual de 5,8%

Os maiores aumentos da renda para trabalhadores acima dos 60 anos

O crescimento interanual da renda habitual média dos trabalhadores brasileiros foi de 5,8%. É o que mostra estudo publicado pelo Ipea que apontou que os rendimentos do trabalho no segundo trimestre apresentaram uma nova elevação em relação ao trimestre anterior. No entanto, estimativas mensais indicam que o rendimento habitual médio real alcançou o pico de R$ 3.255 em abril deste ano. Dessa maneiea, recuou para R$ 3.187 em julho de 2024, uma redução de 2,1%.

A nota Retrato dos Rendimentos do Trabalho

Resultados da PNAD Contínua do Segundo Trimestre de 2024, que teve como base os resultados da Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE, revela que os trabalhadores por conta própria, empregados sem carteira e do setor público apresentaram um crescimento interanual da renda acima de 7% no segundo trimestre deste ano (7%, 7,9% e 7,4% respectivamente).

Por sua vez, os trabalhadores privados com carteira registraram um crescimento de 4,4%. Desse modo, manteve taxas de crescimento mais lento que as demais categorias desde o início de 2023.

Os maiores aumentos na renda em comparação ao quarto trimestre de 2022, foram observados na Região Nordeste (8,5%), entre os trabalhadores acima de 60 anos de idade (8,8%), e com ensino superior (5,7%). Apenas trabalhadores com ensino fundamental incompleto ou com escolaridade inferior apresentaram um fraco aumento na renda (1,1%). O crescimento foi menor para os que habitam no Centro-Oeste (3,3%), entre os jovens de 14 a 24 anos (3,6%) e em regiões metropolitanas (4,4%).

Os rendimentos habituais recebidos pelas mulheres vinham mostrando desempenho inferior ao dos homens em anos anteriores. Apresentaram ao longo de 2023 um crescimento interanual maior que o dos homens (no quarto trimestre, 4,2% contra 2,5% da renda habitual). No segundo trimestre deste ano, entretanto, o crescimento da renda foi novamente superior entre os homens (6,2% para homens e 5,2% para mulheres).

Em termos setoriais, os piores desempenhos da renda habitual ocorreram nos setores de construção, agricultura e serviços profissionais, com queda interanual de 1%, assim como aumentos de 0,5% e 2,1%, respectivamente.

Já os trabalhadores da indústria e da administração pública apresentaram crescimento superior a 8%.

Fonte: AgênciaBrasil