O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), afirmou que o aumento de 24 para 30 cadeiras não deve impactar no duodécimo da Casa
Max Russi apontou uma dificuldade com a estrutura do prédio da ALMT, que passa por obras para a ampliação de gabinetes.
De acordo com Russi, o orçamento da Casa, que será de R$ 881,8 milhões em 2025, não sofrerá alteração com a chegada dos novos parlamentares. A preocupação, no entanto, é com a estrutura física do prédio.
“Estamos fazendo uma ala nova, que teve início na gestão do ex-presidente Eduardo Botelho. É um projeto antigo, e precisamos avançar nessa obra para termos condições de receber os seis novos parlamentares”, completou.
O projeto da obra iniciado na gestão de Botelho, no entanto, previa apenas a criação de mais três gabinetes – a previsão de aumento de vagas à época.
Agora, segundo Max Russi, a intenção será a construção de oito gabinetes – seis para as novas cadeiras e mais dois a serem usados por eventuais suplentes.
O aumento das cadeiras na Assembleia é um efeito cascata por conta da aprovação de um projeto de lei complementar da Câmara Federal, de terça-feira (6). Dessa forma, eleva de 513 para 531 o número de deputados federais.
Mato Grosso deve ganhar, portanto, duas dessas vagas, subindo de oito para dez representantes em Brasília. Pela Constituição, cada deputado federal corresponde a três estaduais, o que levaria ao acréscimo de seis cadeiras na ALMT para a legislatura que se inicia em 2027.
“Conquista importante”
O presidente da Assembleia ainda comemorou o ganho de representatividade no Congresso Nacional. “É uma conquista importante e não aleatória. É fruto do crescimento do estado de Mato Grosso nos últimos anos. A nossa população aumentou, e a nossa representatividade também deve aumentar. É justo!”, disse.
Para o presidente da Assembleia, a mudança corrige uma distorção histórica. “Não é justo que estados com populações menores que Mato Grosso tenham mais deputados lá. E consequentemente em uma discussão de projetos e orçamentos consigam levar mais recursos aos seus estados.”
O projeto ainda passará pelo crivo do Senado, que deve votar até 30 de junho, conforme determinação do STF. Caso isso não ocorra, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fixar os números até 1º de outubro de 2025.