Ministro da Rússia disse na ONU que Moscou não abrirá mão de garantias para encerrar a guerra na Ucrânia e criticou o Ocidente
Durante discurso na Assembleia Geral da ONU, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, negou qualquer envolvimento russo nos recentes sobrevoos de drones sobre países da Europa e fez um alerta à Otan: “qualquer agressão contra meu país será recebida com uma resposta decisiva”
A fala ocorre em meio a acusações de países europeus de que drones de origem russa estariam sobrevoando áreas sensíveis. A ação é uma ameaça aos membros da Otan.
As Forças Armadas da Dinamarca confirmaram a presença de drones não identificados em áreas militares durante a noite.
Além disso, autoridades da Noruega anunciaram investigação sobre possíveis drones avistados nos arredores da base aérea de Oerland. Asssim como no centro do país, considerada a principal base dos caças F-35.
Na Alemanha, o ministro do Interior, Alexander Dobrindt, afirmou que a ameaça é “alta” e que medidas de proteção são adotadas após novos avistamentos.
Ministros da Defesa de países do leste europeu concordaram com a criação de um “muro antidrones”. Ou seja, com tecnologias avançadas de rastreamento e interceptação, é prioridade para o bloco.
Discurso na ONU
Em relação a outros pontos de Lavrov na ONU, o chanceler afirmou que o governo de Vladimir Putin está aberto a negociações para encerrar a guerra na Ucrânia. Mas não abrirá mão das garantias de segurança para a população de origem russa no leste ucraniano.
Ele também elogiou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo “desejo de construir um diálogo” após a cúpula bilateral realizada no Alasca no mês passado.
O chanceler, portanto, acusou o Ocidente de “sabotar” soluções construtivas no Conselho de Segurança da ONU ao rejeitar, junto com aliados, uma proposta de China e Rússia para prorrogar o acordo nuclear iraniano de 2015.
Mas segundo ele, as sanções impostas a Teerã são ilegais e refletem a política ocidental de “chantagem e pressão”.