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Exercícios militares da Rússia possuem natureza defensiva e não afetarão a Otan

Rússia nega que exercícios militares são voltados contra países ou Otan

Exercícios militares da Rússia não serão dirigidos para Otan ou qualquer outro país

A Rússia disse nesta segunda-feira que os exercícios Vostok-2022 (Oriente-2022), em que participarão mais de 50 mil militares entre 1º e 7 de setembro, não terá direcionamento contra nenhum país, nem qualquer aliança militar, com a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

A informação saiu pela agência russa de notícias “Interfax”, a partir de declarações do vice-ministro da Defesa, Alexandr Fomin.

“O exercício não se volta contra nenhum país específico ou aliança militar e é de natureza puramente defensiva”. Assim garantiu o integrante do governo da Rússia, durante uma sessão informativa para agregados militares estrangeiros.

“As tropas retornarão aos postos permanentes no fim de setembro”, completou Fomin. As manobras ficam pelo comando do chefe do Estado Maior Geral das Forças Armadas da Rússia, o general Valery Guerasimov, e ocorrem a cada quatro anos. Ocorrerão em sete campos de treinamento no Distrito Militar Oriental da Rússia, assim como em áreas marítimas e costeiras.

Armamento dos exercícios

Haverá mobilização de mais de 50 mil militares e 5 mil unidades de armas e equipamentos. Incluindo então 140 aviões, 60 navios de guerra, barcos e embarcações de apoio. Nos exercícios participarão contingentes e observadores de mais de dez países, entre eles, China, Índia, Síria, Argélia, Mongólia, Nicarágua, Laos e, por fim, Azerbaijão.

Também estarão presentes militares de Armênia, Belarus, Cazaquistão, Quirguistão e Tadjiquistão. Junto com a Rússia, fazem parte da pós-soviética a Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC). As manobras são de menor envergadura do que em 2018, quando houve participação de quase 300 mil militares das Forças Armadas russas, assim como de milhares de outros.

Os exercícios no Extremo Oriente coincidem com o sétimo mês da “operação militar especial” na Ucrânia, como batizou o presidente da Rússia, Vladimir Putin.