Startup que desenvolveu satélite brasileiro contará com a ajuda da empresa de Elon Musk para levar o projeto ao espaço

Frio na barriga, noites mal dormidas. Afinal, algo inédito e histórico está perto de acontecer. Colocar em órbita um satélite 100% brasileiro e privado não é para qualquer um não, como conta o engenheiro aeroespacial Calvin Trubiene.

“É uma conquista muito grande para a ciência brasileira. É a mensagem de que somos capazes de desenvolver tecnologia sem depender de investimentos públicos, culminando no nosso propósito, que é diminuir a distância entre a sociedade e as tecnologias espaciais”, afirmou.

O satélite PION-BR1 foi projetado em sete meses, em um laboratório em São Caetano, no ABC Paulista. Chamado carinhosamente de Pionzinho, é menor e mais barato e deve ajudar a democratizar o espaço e a tecnologia.

O gerente de tecnologia da PION Labs, João Pedro Vilas Boas, explica que o lançamento será feito pelo foguete Falcon 9, da Space X, empresa do bilionário Elon Musk.

O nano satélite pocketcube, como chama a categoria, cabe no bolso, mede 125 centímetros cúbicos e, apesar de pequenino, quase do tamanho de um celular, pode ajudar a dar passos enormes. Com massa inferior a um quilo, ele faz parte da classe dos picossatélites.

Os dados enviados à Terra podem ajudar a ampliar e desenvolver novas alternativas tecnológicas de diversos setores da indústria. Assim como soluções para o agronegócio, até o cotidiano das pessoas.

“Queremos pensar em soluções de monitoramento de sustentabilidade e segurança. Situação de como muitos players do agronegócio e da preservação da Amazônia, por exemplo, demandam”, acrescentou Calvin Trubiene.

Tudo saindo conforme o esperado, o plano é alçar voos mais altos, como a constelação de satélites, como prevê Calvin Trubiene. Também estaremos aqui embaixo, torcendo para que tudo dê certo lá em cima.

Fonte: Agência Brasil