No momento, você está visualizando Saúde do cérebro é beneficiada quando temos um bom ouvinte, diz estudo
Contar com alguém para te ouvir pode ajudar na saúde do cérebro

Saúde do cérebro é beneficiada quando temos um bom ouvinte, diz estudo

Pesquisa garante que condições de saúde do cérebro melhoram quando se pode desabafar com alguém

Ter alguém com quem conversar pode ser benéfico para a saúde do seu cérebro. Ao menos é isso que indica a princípio uma pesquisa recente publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA).

Entre os adultos mais velhos, estudos anteriores associaram um maior círculo social com níveis mais altos de função cognitiva do que seria esperado antes da morte, dado o número de sinais da doença de Alzheimer e distúrbios relacionados nos cérebros dos participantes analisados em autópsias, escreveram os autores do estudo atual. A função cognitiva refere-se à capacidade mental de uma pessoa para aprender. Assim como pensar, raciocinar, resolver problemas, tomar decisões, lembrar e prestar atenção.

“Há muitas formas diferentes de apoio, sem registro de forma consistente em diferentes maneiras de avaliar o suporte social. E, muitas vezes, é porque se coloca tudo em uma pontuação agregada”, disse o principal autor do estudo, Joel Salinas, da Lulu P. Assim também, confirmou David J. Levidow, professor assistente de neurologia na Escola de Medicina Grossman, da Universidade de New York.

Isso pode garantir que os resultados se sustentem e sejam generalizáveis a todas as pessoas

Por que ter um bom ouvinte pode ser mais poderoso do que outras formas de suporte social é uma questão que ainda precisa ser esclarecida, disse Salinas – assim como as nuances sobre se alguém escuta ao telefone ou pessoalmente, com que frequência e por quanto tempo a pessoa ouve. Ou então, se apenas saber que alguém está ao seu lado é a chave.

“A literatura sugere há décadas que a socialização é um importante fator de proteção e melhoria para a memória e a cognição”, disse Glen R. Finney, membro da Academia Americana de Neurologia, que não participou do estudo.

“Ver esse tipo de trabalho repetido em uma população mais ampla e diversa é muito importante. Isso pode garantir que os resultados se sustentem e sejam generalizáveis a todas as pessoas”, conclui Finney.