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Decisões irracionais prejudicam nossa saúde financeira, revela estudos

SAÚDE FINANCEIRA: Como nosso cérebro pode nos deixar mais pobres

Decisões irracionais prejudicam nossa saúde financeira, revela estudos. Aprenda a evitar essas ‘armadilhas’ mentais

Estudos nas áreas de economia comportamental e neuroeconomia, têm mostrado que com frequência acontece essas situações em que tomamos decisões impulsivas e prejudicam nossa saúde financeira.

Antes de tudo, imagine o cenário, você está olhando uma loja online e vem a tentação de compra um produto. As vezes, é um pouco mais caro do que sua conta bancária aguenta, mas a sensação de urgência vêm a tona. “E se o preço aumentar e você perder a oportunidade? E se esgotar?”, tais perguntas faz você comprar no impulso.

Posteriormente, o arrependimento surge. Ou ainda, uma dívida chega no final do mês.

Ainda assim, os estudos afirmam que esse momentos têm sido frequentes e você pode aprender como superar essas “armadilhas” colocadas pelo nosso cérebro.

“A economia tradicional olhou por muito tempo para o indivíduo como alguém racional, frio e objetivo e que vai querer maximizar o seu bem-estar, seu lucro, seu ganho financeiro e interesse próprio”, afirma a professora Renata Taveiros, coordenadora do Curso de extensão em neurociência e neuroeconomia na FIA.

Entretanto, essas decisões impulsivas e inconsistentes eram vistas como anomalias e não viravam objetos de estudos. Mas, no final dos anos 70, um grupo de pesquisadores revolucionou a economia ao olhar justamente para essas anomalias.

Como resultado, unindo as descobertas da economia comportamental e as técnicas da neurociência, a neuroeconomia tenta desvendar o que acontece no cérebro na hora que ele decide fazer um compra desnecessária.

Renata explica: “Quando você estuda neuroeconomia, cai por terra a ideia de que podemos controlar o comportamento, a tomada de decisão, tudo o que fazemos. Porque o motivador da tomada de decisão não é o aspecto racional, cortical, lógico e analítico. Ele está muito mais ligado à emocionalidade.”

Dicas dos profissionais dessa área para manter a sua saúde financeira

Aprenda a dizer não para si próprio
As emoções podem nos enganar, então aprender a reconhecê-las quando surgem é a melhor forma de domá-la.

Não faça contas de cabeça
Raramente temos a noção honesta da realidade financeira, confiar em contas e no seu orçamento é uma boa forma de evitar decisões equivocadas.

Cuide do seu ‘eu futuro’
Pense sempre em privar o seu eu do futuro que terá que arcar com as decisões financeiras que você tomar.

Aprenda também a dizer ‘sim’ a si próprio
Vez ou outra se permitir e comprar o que quer, não faz mal algum de forma moderada. Nem todos os planos vão sair como esperado. E tudo bem.

De acordo com o neurocientista Álvaro Machado Dias, “Não dá tempo – nem faz qualquer sentido – tentar otimizar todas as decisões. Escolha as suas batalhas. Foque nas escolhas que mais importam; são elas que, ao fim e ao cabo, definirão quem você é”.