A Semana Mundial da Água procura aumentar a eficiência dos recursos e promover estilos de vida sustentáveis
Principal conferência sobre questões globais do tema, a Semana Mundial da Água (World Water Week 2022), que começa nesta terça-feira (23) em Estocolmo, na Suécia, chama atenção para essa realidade com um olhar voltado à conscientização de que padrões de consumo mais responsáveis são a chave para preservar a água no planeta.
Realizado todos os anos desde 1991, o evento, organizado sem fins lucrativos pelo Instituto Internacional da Água de Estocolmo (SIWI, na sigla em inglês) atrai uma mistura diversificada de participantes de várias formações profissionais e de todos os cantos do mundo que, juntos, procuram desenvolver soluções para alguns dos maiores desafios relacionados à água, como pobreza, crise climática e perda de biodiversidade.
Seca na Europa
A conferência acontece em um momento oportuno, enquanto partes da Europa têm fortes prejuízos com um clima que alterna secas e chuvas torrenciais. Chamando assim a atenção para a importância da conservação da água.
Por alguns meses, a Europa virou um grande sertão: na semana passada, o calor na Sicília, na Itália, por exemplo, chegou aos 43ºC. A seca levou ao racionamento de água na Itália e no Reino Unido, dias antes de tempestades provocarem destruição e mortes.
A Europa está sofrendo uma seca severa há semanas, com ondas de calor causando diversos problemas. Os níveis de rios e lagos estão caindo, o que gera grandes transtornos para embarcações. A queda no nível da água também está revelando alguns “tesouros” arqueológicos que normalmente ficam submersos.
Os mais sinistros são as “pedras da fome”, pedras que marcam o nível baixo de água e foram gravadas nos anos em que grandes secas precederam tempos de escassez e fome – a mais antiga é do século 15. A maioria ficou visível no leito do rio Elba, que vai da República Tcheca até a Alemanha. Em uma delas, de 1616, está escrito: “se me vir, chore”.