Houve uma videoconferência sobre retomada de exportações entre o Mapa e a cúpula da Administração Geral de Aduanas da China (GACC)

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), acredita na retomada das exportações de carne bovina à China ainda em março, caso se confirme que o caso da vaca louca registrado no Pará é realmente atípico.

Uma amostra foi enviada para laboratório no Canadá e o resultado deve sair nesta semana. A expectativa do governo brasileiro é que seja um caso atípico — quando ocorre de maneira orgânica em um animal mais velho e não há risco de contaminação do rebanho.

Na semana passada, houve uma videoconferência entre o Mapa e a cúpula da Administração Geral de Aduanas da China (GACC). A reunião conduzida pelo secretário de relações internacionais da pasta, Roberto Perosa, homem de confiança do ministro Carlos Fávaro.

Conforme registra a Agência Safras, foi uma conversa “bem aprofundada” e “muito positiva”. Os chineses cumprimentaram o governo brasileiro pela transparência na condução do caso. Tudo dependerá do resultado do exame. Mas, se houver a comprovação de que foi mesmo um episódio atípico, a sinalização é de retomada das exportações em curto prazo.

Exportações de carne bovina: protocolo entre Brasil e China

Mas o protocolo entre Brasil e China para a doença da vaca louca determina a suspensão preventiva das vendas de carne bovina ao país asiático quando um caso diagnosticado. Por isso, interromperam as exportações já na semana passada. A medida só é válida para o mercado chinês, que é justamente o principal destino dos embarques do produto.

De acordo com fontes do governo brasileiro, caso o resultado do laboratório canadense venha conforme o imaginado, a liberação para retomada das exportações deverá ocorrer ainda em março. O prazo máximo com que o Ministério da Agricultura trabalha para essa liberação. Lula marcou visita oficial a Pequim, no dia 28 deste mês. Mas “o objetivo é resolver antes disso”, conforme ressalta uma fonte do governo.