O SoftFoot Pro usa peças plásticas de alta resistência para simular falanges e ossos metatarsos do nosso pé
Qual a primeira coisa que vem na sua cabeça quando falamos em tecnologia em Inteligência Artificial para ossos ? Robôs? Computadores? Exploração espacial?
A sua resposta não deve ter fugido muito disso. Mas esse texto vai se dedicar a um outro tipo de inovação. Um tipo que não está ligado a softwares avançados, mas que, no fim, tem o mesmo objetivo do outro tipo: ajudar e melhorar a vida das pessoas.
Assim, cientistas do Instituto Italiano de Tecnologia criaram uma prótese de pé que se assemelha muito à parte do corpo original. Não fisicamente, mas sim mecanicamente.
Na maioria das vezes, as próteses são rígidas, diferentemente dos nossos pés, que são bastante flexíveis. Se você pisa em uma pedra na rua, ou em um buraco, seu pé automaticamente vai dobrar. A prótese não, dificultando a locomoção da pessoa com deficiência no cotidiano.
E esse projeto italiano promete resolver esse problema.
Como funciona essa nova prótese
- O SoftFoot Pro incorpora cinco cadeias paralelas de segmentos plásticos de alta resistência interligados;
- Os segmentos frontais de cada cadeia replicam as falanges (ossos dos dedos), enquanto os segmentos de trás replicam os metatarsos (que vão da base de cada dedo até o calcanhar);
- Conectores elásticos são usados para ligar os segmentos de cada corrente;
- E há ainda um cabo de aço interno que é ancorado a um calcanhar de titânio;
- Ele não precisa de energia para funcionar, ou seja, seu custo não sai tão caro;
- O SoftFoot Pro pesa apenas 450 gramas e pode suportar cargas de até 100 quilos.
Os testes até agora
O SoftFoot Pro também permite que as pontas dos dedos se dobrem em relação ao resto do pé ao subir ladeiras – mantendo a postura do usuário.
Além disso, o dispositivo também facilita a execução de ações como ajoelhar e agachar, e funciona até mesmo dentro da água.
Amputados voluntários já testaram o SoftFoot Pro como parte de testes clínicos conduzidos na Hannover Medical School e na Medical University of Vienna.
Cientistas japoneses também fizeram testes recentemente do mecanismo no robô humanoide HRP-4 na University of Tokyo.
Eis uma invenção que não precisa de nenhum software avançado para ser excelente. Que essa prótese chegue logo ao mercado para melhorar, dessa forma, a vida de quem mais precisa.