Sono na escola? Os cientistas notaram que os adolescentes que acordaram mais tarde tiveram melhorias em aspectos da saúde e do comportamento
Após analisar o sono na escola de adolescentes ao longo da pandemia, cientistas suíços sugerem que a escola deveria dar início às atividades pelo menos 75 minutos mais tarde. Suas descobertas foram relatadas em um estudo publicado na última quarta-feira (5) no JAMA Network Open.
O estudo conduzido pela Universidade de Zurique (Suíça) aponta que o público adolescente dormiu 75 minutos a mais durante o início da pandemia de covid-19, por conta da ascensão das aulas virtuais. Segundo o artigo, esse sono mais caprichado rendeu mais qualidade de vida, e o consumo de álcool e cafeína diminuiu nesse período.
Para chegar a essa conclusão, o grupo de cientistas realizou uma pesquisa online com mais de 3.600 estudantes do ensino médio da região de Zurique. No formulário, por exemplo, havia perguntas sobre os hábitos de sono e outras características comportamentais. Dessa forma, compararam os resultados com uma pesquisa de 2017 com mais de 5.300 alunos.
Resultados
Comparando os dois grupos, os cientistas notaram que os adolescentes que acordaram mais tarde por conta da pandemia tiveram melhorias em determinados aspectos da saúde e do comportamento. Por outro lado, esse grupo se mostrou mais solitário e triste, fatores que podem ter conexão aos impactos negativos do isolamento.
“Nossas descobertas indicam o benefício de começar a escola mais tarde pela manhã, para que os jovens possam dormir mais. Bem como, o fechamento das escolas permitiu que os alunos alinhassem melhor seus horários de sono”, defendem os pesquisadores.
Outros estudos sobre sono
Anteriormente, um novo estudo da Universidade de Stanford (EUA), dormir pouco pode trazer malefícios à saúde, mas dormir muito também pode causar efeitos indesejáveis.
Segundo os pesquisadores, a interrupção do sono está associada a alterações da função cognitiva, como a capacidade mental de aprender, raciocinar, resolver problemas, tomar decisões, etc.
Os autores do estudo concluem que as disparidades de sono podem estar associadas a outros aspectos da vida, como saúde cardiovascular e metabólica. O estudo completo pode ser acessado aqui.
Fonte: CanalTech