Boletins das urnas são públicos, e o TCU vai escolher quais urnas vai fazer a checagem
O Tribunal de Contas da União (TCU) selecionará, aleatoriamente, 4.161 urnas eletrônicas em operação no dia da votação para analisar os boletins de urna. Ou seja, o documento emitido em cada seção eleitoral após a conclusão da votação, informou o Tribunal Superior Eleitoral.
A ação funcionará assim: vias impressas dos boletins serão buscadas nas seções eleitorais por auditores do TCU, que estarão nas capitais dos estados e no Distrito Federal, para que possam comparar a informação do documento físico com a disponibilizada pelo TSE na rede.
De acordo com informações do tribunal eleitoral, o TCU dará ciência ao TSE da amostra selecionada após a conclusão dos procedimentos de totalização e recebimento dos respectivos dados. Com essa ação, o TCU atestará que a informação exposta ao público na seção eleitoral é a mesma que é totalizada pelo TSE e que compõe o resultado final da eleição.
Na prática, qualquer interessado poderá ir às seções eleitorais e somar livremente os BUs de uma urna específica. De dez, de trezentas ou de todas as urnas. Tradicionalmente afixado na porta da seção eleitoral, nas eleições deste ano, o boletim também estará ao alcance de todo e qualquer interessado na internet.
Segurança eleitoral garantida
Em julho, o TCU reafirmou a segurança do processo eleitoral brasileiro. Segundo a Corte, não há sinal até o momento riscos relevantes à realização das eleições em 2022.
O relatório apontou que testes bem-sucedidos foram realizados nos procedimentos previstos nos planos de contingência. E que a equipe do TCU pôde observar in loco algumas das situações descritas ao acompanhar a eleição suplementar de Agudos do Sul (PR), realizada em abril deste ano.
Além disso, o TCU também participou do teste público das urnas. Desse modo, atestou que não houve risco à integridade dos aparelhos e do sistema de votação.