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O grafeno, extraído do grafite, é usado para fabricar a telha de energia renovável

Brasileiros criam telha que dura até 80 anos com energia sustentável

A telha de energia sustentável consegue transformar luz solar em energia elétrica

Pensando em promover uma energia sustentável mais acessível, a empresa brasileira Telite criou uma telha produzida a partir do grafeno; com um custo de produção que chega a ser até 40% mais barata se comparada com os painéis solares convencionais.

Segundo a Telite, apenas quatro telhas são capazes de produzir cerca de 30 quilowatts de eletricidade mensalmente; o que seria suficiente para uma casa com sala, cozinha, dois quartos e um banheiro durante um mês. A vida útil do equipamento é de até 80 anos.

Para fabricar as telhas, a empresa deve utilizar cerca de 150 toneladas de plástico reciclado por mês. O material usado é o polietileno de alta densidade, que é impermeável, atóxico, resistente a altas temperaturas e sobretudo não agride o meio ambiente.

As placas, que pesam 7 kg e têm pouco mais de dois metros de comprimento, têm camadas que podem ser aplicadas em qualquer tipo e tamanho de telha; facilitando assim a instalação e a cobertura de áreas muito maiores.

Outra vantagem das telhas de grafeno é que elas também são capazes de absorver energia solar em dias nublados e chuvosos, sem comprometer sua capacidade fotovoltaica. Os primeiros testes com a nova telha ocorreram em duas casas, uma na região sudeste e além disso outra na região sul do país.

A tecnologia está em fase de certificação no Inmetro e sendo testada em diferentes regiões, com climas distintos, para assim comprovar sua eficácia e segurança.

Grafeno

Brasileiros criam telha que duram até 80 anos com energia sustentável

O grafeno é extraído do grafite, de apenas um átomo de espessura e 200 vezes mais resistente que o aço; bastante utilizado na produção de componentes eletrônicos, baterias, telas e displays LCD, além disso serve em muitos outros usos.

O Brasil é o terceiro maior produtor de grafeno do mundo, atrás de China e Índia, e o maior detentor de reservas de grafite, sendo então a maioria delas localizadas em Minas Gerais.

O componente tem produção em quatro universidades brasileiras; Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), no Paraná, Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, Universidade de Brasília (UnB), e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).