Sonda indiana atinge feitos científicos em uma das áreas mais visadas do satélite natural medindo Temperatura no polo sul da Lua
No último domingo (27), o equipamento ChaSTE, ou Experimento Termofísico de Superfície do Chandra, mediu a temperatura do polo sul da lua usando seus sensores. A sonda indiana Chandrayaan-3 segue cumprindo com sucesso seus objetivos na Lua.
O ChaSTE é uma das cargas úteis que a sonda levou até a Lua. O objetivo do experimento é medir os perfis de temperatura no solo da parte sul lunar. Os dados podem ajudar os cientistas a entenderem o comportamento térmico dessa região.
ChaSTE (Experimento Termofísico de Superfície do Chandra) mede o perfil de temperatura da camada superficial do solo lunar ao redor do pólo, para compreender o comportamento térmico da superfície da lua. Possui sonda de temperatura equipada com mecanismo de penetração controlada capaz de atingir uma profundidade de 10 cm abaixo da superfície. A sonda está equipada com 10 sensores de temperatura individuais.
A ISRO divulgou ainda um gráfico que mostra variações de temperatura da superfície lunar/próxima à superfície em várias profundidades.
Chandrayaan-3 fazendo história na Lua
Conforme noticiado na última quarta-feira (23), a sonda Chandrayaan-3, da Índia, pousou em solo lunar. Assim, colocou o país entre os únicos quatro do mundo a chegar à superfície da Lua. Neste grupo seleto estão também os EUA, a China e a Rússia (que alcançou o feito na época da União Soviética e acaba de fracassar na primeira nova tentativa feita quase meio século depois).
Chandrayaan-3 é a primeira espaçonave da história a pousar próximo ao polo sul lunar, uma área que atualmente está atraindo a atenção de cientistas e agências espaciais de todo o mundo.
Acredita-se que as crateras polares permanentemente sombreadas contêm gelo de água preso nas rochas, que poderia ser extraído e usado para apoiar uma presença humana permanente no satélite natural da Terra. Além disso, essas crateras lunares poderiam utilizá-las para construir telescópios de próxima geração que permitiriam aos astrônomos ver mais longe do que podem atualmente.