Modelo de trens com 120 vagões é utilizado no Brasil pela Rumo e está sendo impulsionado pela safra plena da soja
Planejada para aumentar a capacidade e a eficiência das operações no principal corredor do agronegócio brasileiro, que conecta o município de Rondonópolis (MT) até o Porto de Santos, a Rumo completou em março o primeiro ano do projeto com trens de 120 vagões no Brasil.
O modelo representa um aumento de aproximadamente 50% de capacidade em relação aos trens que até então circulavam com 80 vagões.
Com 11.500 toneladas úteis a bordo de cada composição, a operação registrou volume mensal histórico em março com mais de 5,5 bilhões de TKU (toneladas por quilômetro útil). A Operação Norte vai movimentar o volume equivalente a 3,9 milhões de toneladas úteis.
Além do começo promissor em 2022, a empresa já havia registrado em 2021 o maior volume da história da Companhia, movimentando 64 bilhões de TKU. O resultado recebeu um impulso pelo fluxo de Mato Grosso, onde a Rumo cresceu 3,7 pontos percentuais. Assim transportando 20 milhões de toneladas úteis que representaram um market share de 43% do volume de grãos exportados.
Antes de tudo, somente no ano passado, a empresa contabilizou 1.585 viagens utilizando o modelo com 120 vagões. Isso representaria proporcionalmente 2.377 viagens de trens com 80 vagões. Ou seja, houve uma redução de 792 viagens a partir da nova operação.
Medida essa que além de beneficiar o escoamento do setor produtivo, reduziu então a interferência dos trens nos perímetros urbanos dos municípios que atravessa.
Projeções
Entre as estimativas, a empresa calcula que em 2022, caso mantivesse as operações com apenas 80 vagões, seriam necessários mais de 40 locomotivas e 1.445 vagões para cumprir o mesmo ciclo de viagens que é feito com os trens de 120 vagões.
Projetada inicialmente para a tração por cinco locomotivas, o trem passou por estudos e adaptações ao longo de 2021. Isso viabilizou o uso de apenas quatro locomotivas na composição. Esse fator e sobretudo o auxílio das tecnologias embarcadas de condução semiautônoma permitem um ciclo mais eficiente para atender as principais regiões produtoras do país.