Ex-presidente dos EUA, Donald Trump, acusado de tentar anular os resultados das eleições estaduais de 2020 em Atlanta, Geórgia (EUA)
Trump apresentará sua alegação oral no Tribunal três juízes da Corte de Apelações dos Estados Unidos para o Circuito de Washington DC, a partir das 14h30 GMT (11h30 em Brasília).
O magnata republicano Donald Trump se apresentará nesta terça-feira(9) a um tribunal federal dos Estados Unidos. Para argumentar que, como ex-presidente deveria ter imunidade frente aos processos por acusações de conspiração para reverter o resultado das eleições de 2020.
Os advogados de Trump tentaram anular as acusações de interferência eleitoral. Contudo, irão argumentar que o ex-presidente (2017-2021) goza de “imunidade absoluta” e não pode ser processado por ações decididas durante sua permanência na Casa Branca.
A previsão é de que o favorito à candidatura presidencial do Partido Republicano em 2024, será julgado em 4 de março em um tribunal de Washington. Isto é, a poucas ruas do Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos, invadido por uma multidão de seus apoiadores em 6 de janeiro de 2021. Assim, tentará impedir a certificação da vitória do democrata Joe Biden.
No entanto, a juíza do distrito americano, Tanya Chutkan, que presidirá esse histórico julgamento, rejeitou o pedido de imunidade no mês passado. Chutkan alegou que um ex-governante não tem “passe vitalício para se livrar da prisão”, além disso, não poderia “evitar a responsabilidade criminal” por seus atos.
Trump recorreu da decisão e apresentará sua argumentação nesta terça-feira a três juízes. Ou seja, dois nomeados por Joe Biden e um pelo ex-presidente republicano George H.W. Bush (1989-1993).
Todavia, Derek Muller, professor de direito na Universidade de Notre Dame, declarou que considera pouco provável que Trump tenha sucesso. “Minha sensação é que Trump terá uma batalha difícil”, disse à AFP.