O Brasil é o terceiro maior fornecedor de aço para os Estados Unidos, ficando atrás apenas de Canadá e México
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpriu promessa feita nesse domingo (9), e seu governo passará a taxar em 25% todas as importações norte-americanas de aço e alumínio.
A decisão de Trump, contudo, que começará a valer em 12 de março, afetará diretamente o Brasil, que atualmente é um dos principais fornecedores de aço para os EUA. A Ordem Executiva foi assinada por Trump no fim da tarde desta segunda (10), nos Estados Unidos.
Guerra tarifária de Trump
Desde quando assumiu a Casa Branca, em 20 de janeiro de 2025, Trump tem feito ameaças tarifárias como estratégia para proteger os interesses dos EUA.
Até o momento, haviam anunciadas taxações para as importações de produtos do México, Canadá e China.
Os presidentes do México e do Canadá buscaram entendimentos com os EUA e, temporariamente, as tarifas foram suspensas.
“Qualquer aço que entrar nos Estados Unidos terá uma tarifa de 25%”, declarou o presidente republicano, aos repórteres que o acompanhavam no avião presidencial.
As maiores fontes de importações de aço dos EUA são Canadá, Brasil e México, seguidos pela Coreia do Sul e Vietnã, de acordo com dados do governo e do American Iron and Steel Institute.
Brasil
Por uma grande margem, o Canadá é o maior fornecedor de metal de alumínio primário para os EUA. Assim, responde por 79% do total de importações nos primeiros 11 meses de 2024. O México é um grande fornecedor de sucata de alumínio e liga de alumínio.
Conforme dados do Departamento de Comércio americano, o Brasil é o terceiro maior fornecedor de aço para o país, ficando atrás apenas de Canadá e México.
Durante seu primeiro mandato presidencial, entre 2017 e 2021, Trump chegou a adotar tarifas para as importações de aço e alumínio. Os exportadores do setor chegaram a anunciar demissões no Brasil, mas, o presidente norte-americano voltou atrás e a cobrança de impostos cancelada.
Na conversa com os jornalistas, o líder norte-americano ainda revelou que deve anunciar “tarifas recíprocas” contra países que taxam as importações dos EUA.