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A compra para monitoramento de celular foi realizada no ano passado, com dispensa de licitação, custou aproximadamente R$ 5 milhões

Botelho defende uso de aparelho de monitoramento de celular

Compra para monitoramento de celular realizada no ano passado, com dispensa de licitação, custou aproximadamente R$ 5 milhões

A compra de aparelho de monitoramento de celular realizada no ano passado, com dispensa de licitação, custou aproximadamente R$ 5 milhões. O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (União Brasil), saiu em defesa do Governo do Estado que, por meio da Polícia Civil, adquiriu o aparelho GI2S para monitorar a localização de pessoas através do celular.

Para Botelho, negar o uso do equipamento israelense é dar “vantagem” para o crescimento da criminalidade, pois a utilização trará uma resposta mais rápida para a sociedade. “Esse aparelho, pelo que tenho conhecimento, não intercepta a ligação e não grava. Ele simplesmente faz a localização. E aí eu faço uma pergunta: vocês querem que localizem rapidamente um bandido ou não? Se quiser dar favorável para os bandidos, larga do aparelho”, afirmou.

Contudo como defesa, Botelho citou crimes de grande repercussão e comoção que assolaram o Mato Grosso recentemente, como a chacina em que vitimou sete pessoas em Sinop (396 km de Cuiabá), em um bar da cidade. Além da morte do assessor do deputado Wilson Santos (PSD) e o feminicídio brutal, cometido nesta última semana, onde uma mulher esfaqueada pelo ex-companheiro no meio da rua, em Cuiabá. Segundo ele, todos os envolvidos não poderiam  rapidamente localizados sem o aparelho.

Todavia o parlamentar endossou ainda que a população precisa entender que existe um protocolo para o uso do equipamento, sempre visando a eficiência e a rapidez da Polícia, na garantia da Segurança Pública aos cidadãos. De acordo com ele, cada vez que o equipamento utilizado, as informações  encaminhadas para a Justiça e para o Ministério Público, assegurando toda a documentação.

Botelho e o monitoramento

Por fim, Botelho foi questionado se não haveria a possibilidade do surgimento de uma nova Grampolândia Pantaneira, em referência ao escândalo das escutas ilegais feitas em 80 números de telefone pelo núcleo de inteligência da Polícia Militar de Mato Grosso, entre outubro de 2014 a junho de 2015. O parlamentar rechaçou prontamente: “Não, ele não grampeia, ele não grava. Não tem essa possibilidade”.

O equipamento é similar ao utilizado pela Agência Brasileira de Inteligência. Ou seja, utilizado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), entre 2019 a 2021. Mas que permitia rastrear o paradeiro de uma pessoa a partir de dados transferidos do celular para torres de telecomunicações.

Com base no fluxo de informações, é possível acessar o histórico de deslocamentos. E até criar “alertas em tempo real” de movimentações de uma pessoa em diferentes endereços. Através do sistema secreto, era possível monitoramento até dez mil cidadãos em todo o território nacional. Atualmente, a Polícia Federal investiga suposto uso ilegal do equipamento pela Abin.