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A vacina brasileira é composta por um vírus semelhante ao da mpox, atenuado através de passagens em um hospedeiro diferente - Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Vacina nacional contra mpox é prioridade da Rede Vírus

Pesquisa da vacina mpox está na fase de estudo para o aumento da produção

Desde a primeira emergência global por mpox, há 2 anos, o Centro de Tecnologia de Vacinas da UFMG, desenvolve uma vacina brasileira capaz de prevenir a infecção. Em nota, o MCTI informou que a iniciativa é uma das prioridades da Rede Vírus. O comitê de especialistas em virologia foi criado para o desenvolvimento de diagnósticos, tratamentos, vacinas e produção de conteúdo sobre vírus emergentes no Brasil.

No dia 14, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, declarou emergência em saúde pública de importância internacional. Isso em razão do aumento de casos e do surgimento de uma nova variante no continente africano. Dados do Ministério da Saúde indicam que, este ano, identificaram 709 casos da doença no Brasil. Sendo que nenhum, até o momento, se deu pela nova variante.

De acordo com o MCTI, em 2022, o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos doou para a UFMG material conhecido como semente do vírus da mpox. Uma espécie de ponto de partida para o desenvolvimento do insumo farmacêutico ativo (IFA), matéria-prima utilizada na produção do imunizante.

A dose brasileira, segundo a pasta, é composta por um vírus semelhante ao da mpox, atenuado através de passagens em um hospedeiro diferente. Até que perdesse completamente a capacidade de se multiplicar em hospedeiros mamíferos, como o ser humano.

Outras vacinas

De acordo com a OMS, existem, atualmente, duas vacinas disponíveis contra a mpox. Uma delas, a Jynneos, produzida pela farmacêutica dinarmaquesa Bavarian Nordic. Mas também composta pelo vírus atenuado e  recomendada para adultos, incluindo gestantes, lactantes e pessoas com HIV.

O segundo imunizante o ACAM 2000, fabricado pela farmacêutica norte-americana Emergent BioSolutions, mas com diversas contra indicações. Além de mais efeitos colaterais, já que sua composição possui vírus ativo, “se tornando assim, menos segura”, conforme avaliação do próprio MCTI.

Com a declaração de emergência global anunciada pela OMS, o Ministério da Saúde anunciou que negocia a compra de 25 mil doses da Jynneos junto à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Desde 2023, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso provisório do imunizante, o Brasil já recebeu cerca de 47 mil doses do imunizante e aplicou 29 mil.

Fonte: Agência Brasil