O parque necessita de uma ampla revisão estrutural, ambiental e de segurança
A Prefeitura de Várzea Grande iniciou um dos projetos ambientais e urbanísticos mais importantes dos últimos anos: a requalificação completa do Parque Natural Municipal Tanque do Fancho, localizado ao lado da Prefeitura. Aliás, a obra será totalmente custeada e executada pela empresa Rumo S.A. Ou seja, por meio de um termo de Compromisso de Compensação Ambiental no valor de R$ 1,5 milhão.
Sendo assim, traz um conjunto robusto de intervenções que vão desde infraestrutura, acessibilidade até paisagismo e educação ambiental.
Conforme levantamento técnico realizado em junho deste ano pelas secretarias de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável e a de Desenvolvimento Urbano, Regularização Fundiária e Habitação, o parque necessita de uma ampla revisão estrutural, ambiental e de segurança. O local, que é uma importante área verde inserida em Zona de Conservação e Preservação (ZCP2). Assim, conta com rica diversidade de fauna e flora, apresenta trechos com erosão, passarelas que precisam ser reconstruídas, ampliação de iluminação, implantação de sinalização. Bem como, delimitação do parque, orientação à população que frequenta para não descartar lixo irregularmente e até indícios de contaminação no curso d’água que corta a unidade, pontua o documento.
A secretária de Desenvolvimento Urbano, Regularização Fundiária e Habitação, Manoela Rondon, explica que a requalificação atende tanto uma demanda histórica da população quanto exigências técnicas de conservação ambiental. “Estamos falando de um parque com grande relevância ecológica e social. O projeto foi pensado para garantir segurança, conforto, acessibilidade e, principalmente, o cumprimento de todas as exigências urbanísticas e ambientais. Nossa meta é devolver aos moradores um espaço público moderno, protegido e adequado ao uso comunitário, sem ferir as características de preservação da área”, afirmou.
Parque com espaço vivo, seguro e acolhedor
O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável pontua que o levantamento técnico realizado é essencial para orientar as intervenções. “Durante as vistorias identificamos problemas importantes que colocam em risco tanto o ecossistema quanto os visitantes. A requalificação vai corrigir tudo isso e transformar o Tanque do Fancho em referência de uso sustentável”, explicou.
A subsecretária de Meio Ambiente, Cíntia Serrano, reforça que o foco é restaurar as condições naturais do parque e educar a população para o uso consciente. “Encontramos trechos com evidente impacto ambiental. Com as melhorias previstas, vamos garantir a preservação da vegetação nativa e criar ferramentas de educação ambiental, como sinalização, coleta seletiva e áreas de contemplação. O parque voltará a ser um espaço vivo, seguro e acolhedor”, disse.
PRAZO
As obras têm prazo de execução de 180 dias corridos, com início imediato após conclusão dos trâmites administrativos. Além disso, a Rumo S.A. deverá apresentar, em até 30 dias após a entrega final, um Plano de Manutenção e Operação. Dessa maneira, vai garantir a conservação contínua de todo o espaço, equipamentos e estruturas.
A iniciativa faz parte do compromisso da gestão municipal com a preservação ambiental, o bem-estar da população e a oferta de espaços públicos de qualidade.
A prefeita Flávia Moretti (PL) conheceu o projeto e aprovou. “O Tanque do Fancho é patrimônio natural dos várzea-grandenses. Com essa requalificação, estamos recuperando um espaço que pertence ao povo, promovendo sustentabilidade, lazer e qualidade de vida. É um investimento que respeita o meio ambiente e, ao mesmo tempo, valoriza o entorno e fortalece o sentimento de pertencimento da comunidade”, concluiu.
Entre as principais melhorias previstas no projeto estão:
Infraestrutura e acessibilidade
– Recuperação de calçadas e caminhos internos em 300 m², com substituição de placas danificadas.
– Instalação de 20 postes de iluminação LED solar.
– Novo sistema de sinalização direcional, educativa e acessível, distribuídas estrategicamente.
– Construção de sanitários públicos acessíveis, incluindo banheiro família e tratamento de esgoto próprio.
– Implantação de cerca de alambrado em todo o perímetro do parque (531,72 m), reforçando a proteção ambiental.
– Instalação de guarita de controle de acesso e novo portão na entrada principal.
Pontes, passarelas e equipamentos
– Substituição completa da ponte de madeira existente.
– Construção de duas novas passarelas suspensas, dentro das normas de acessibilidade NBR 9050/2020.
– Instalação de bancos acessíveis e áreas de descanso.
– Readequação da academia ao ar livre com piso emborrachado, acessibilidade universal e sinalização de uso.
– Implantação de playground acessível, com brinquedos inclusivos e mais de 300 m² de piso seguro.
Paisagismo e preservação ambiental
– Manejo da vegetação nativa, remoção de árvores caídas e contenção de raízes expostas que afetavam estruturas.
– Adequação da drenagem superficial.
– Instalação de 10 pontos de coleta seletiva, incentivando práticas ambientais corretas.
– Criação de áreas de contemplação com pergolados, bancos orgânicos, chafariz e iluminação cênica.



