Município recebeu 1.074 dispositivos e já iniciou o treinamento dos profissionais que atuarão na oferta do método
As equipes médicas da Atenção Primária à Saúde de Várzea Grande estão recebendo capacitação para implantação do contraceptivo subdérmico – o Implanon. Aliás, recentemente passou a ser disponibilizado pelo governo federal. O Município recebeu 1.074 dispositivos e já iniciou o treinamento dos profissionais que atuarão na oferta do método às mulheres da cidade.
A partir do dia 17 deste mês, as unidades de saúde do bairro Capão Grande (que está em atendimento na unidade do 24 de Dezembro, devido à reforma) e Jardim Glória serão as primeiras a oferecer o implante às pacientes elegíveis.
Os médicos participaram de uma formação teórica, coordenada pela equipe da Saúde da Mulher e pelo Programa de Educação Permanente. Os médicos Pedro Ricardo de Almeida e Euziete Soares ministraram o treinamento, abordou o funcionamento do Implanon, como é feita a inserção. Assim como, quem pode utilizar, contraindicações e o fluxo do atendimento nas unidades da Atenção Primária.
De acordo com Raquel Piccolo, responsável pelo Programa de Educação Permanente, neste primeiro momento, a capacitação é focada nos médicos para o procedimento de implantação. “Estamos agora aguardando o Estado para dar continuidade à segunda fase,
destinada aos profissionais de enfermagem. Essa preparação em etapas é fundamental para garantir um atendimento rápido, eficaz e seguro às mulheres que desejam fazer o uso do implante contraceptivo.”
Equipe disponível
A partir de janeiro de 2026, onze Unidades de Saúde da Família (USF) do Município estarão aptas a realizar o procedimento. São elas: USF Nossa senhora da Guia, USF Cabo Michel, USF Manga, USF Vila Arthur, USF Marajoara, USF Souza Lima, USF São Mateus, USF Manaíra, USF Limpo Grande.
Mas todas as unidades da Atenção Primária poderão fazer a solicitação de inserção e encaminhar para as 11 unidades de referência.
Como é?
O Implanon (Implante Contraceptivo Subdérmico) é inserido na parte interna do braço e libera o hormônio etonogestrel. Dessa maneira, impede a ovulação e garante proteção contraceptiva por até três anos. Considerado um método altamente eficaz, com taxa de prevenção superior a 99%.
Podem utilizar o implante mulheres e adolescentes de 15 a 49 anos, desde que não estejam grávidas. Por isso, antes da inserção, solicitam um exame de sangue Beta-hCG (teste rápido) para descarte de gestação. A aplicação pode ocorrer por médicos ou enfermeiros capacitados, conforme protocolo do Ministério da Saúde.
Entre as principais vantagens estão a praticidade, a longa duração de 3 anos, o fato de não depender de uso diário e a elevada eficácia. Entre os efeitos colaterais mais comuns estão alterações menstruais, sensibilidade mamária, dor de cabeça e pequenos hematomas no local da inserção.
Com a chegada dos dispositivos e a ampliação do serviço para todas as unidades, Várzea Grande avança nas políticas de saúde da mulher e no acesso a métodos contraceptivos modernos, seguros e acessíveis.



