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As brasileiras Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram o ouro na vela em Tóquio

Vela brasileira leva mais um ouro olímpico em Tóquio

Brasileiras adotam estratégia ousada na última regata e garantem o bicampeonato

Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram na madrugada desta terça-feira (3/8), o bicampeonato olímpico na vela brasileira – classe 49er FX.

As velejadoras terminaram a regata em Tóquio na terceira colocação, e assim, garantiram o ouro e a 12ª medalha brasileira nas Olimpíadas. As brasileiras foram ousadas, enquanto as outras competidoras formaram um pelotão, elas foram para o outro lado, buscando uma corrente de vento mais forte.

A estratégia deu certo e elas logo se colocaram entre as primeiras colocadas, na frente de todas as concorrentes ao título. Com a terceira colocação, atrás da Argentina e Noruega, elas ficaram bem na frente das holandesas, que encerraram na nona colocação e foram bronze. As alemãs Tina Lutz e Susann Beucke fecharam na quinta posição e ficaram com a prata.

Na Rio-2016, Martine e Kahena venceram a regata e saíram com o inédito ouro para a vela brasileira feminina. Por isso, as brasileiras chegaram ao Japão com status de favoritas e mantiveram a regularidade durante toda a semana.

A jornada das campeãs olímpicas

Depois de conseguirem o ouro em 2016, foram vice-campeãs mundiais em 2017, repetindo o feito de 2013 e 2015. Assim também, venceram o Campeonato Mundial de Classes Olímpicas em Aarhus, na Dinamarca, em 2018, e com isso se classificaram para a Olimpíada de Tóquio-2020. Tudo isso, mesmo com as duas afastadas da 49erFX por uma temporada, para que Martine competisse na Volvo Ocean Race.

Já em 2019, elas venceram a etapa da Copa do Mundo disputada em Miami e, no mesmo ano, foram campeãs dos Jogos Pan-Americanos de Lima. No ano seguinte, a dupla foi vencedora do evento-teste que aconteceu em Tóquio, antes do início da pandemia.

Martine é filha do bicampeão olímpico Torben Grael, e começou a velejar com quatro anos de idade pelo Rio Yacht Club. Igualmente, Kahena é filha de um velejador campeão mundial, Claudio Künze. Elas se conheceram no início da adolescência, aos 13 anos, e começaram a participar de competições em barcos diferentes.

O resultado representa o oitavo ouro da vela na história das Olimpíadas para o Brasil, mantendo a modalidade como a mais dourada do país. Além dos oito ouros, são três pratas e oito bronzes, com 19 no total.

Foto: AgênciaBrasil