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Kristina Timanovskaya: velocista bielorrussa diz que foi removida à força das Olimpíadas e mandada para casa

Velocista bielorrussa recebe visto polonês após recusar voltar para casa

Krystina Timanovskaya se recusou a voltar para casa antes das Olimpíadas e recebeu um visto humanitário da diplomacia da Polônia

A velocista Krystina Timanovskaya, 24, está na embaixada polonesa em Tóquio depois de passar a noite em um hotel protegido pela polícia japonesa. Ela disse que foi levada à força para o aeroporto por criticar os treinadores e expressou temor por sua segurança.

A atleta disse que foi retirada da equipe por causa de seu estado emocional. Dessa forma, o vice-ministro das Relações Exteriores da Polônia, Marcin Przydacz, disse que Timanovskaya estava em contato direto com diplomatas poloneses em Tóquio. Afirmou que a Polônia faria “tudo o que fosse necessário para ajudá-la a continuar sua carreira esportiva”.

Holofotes na Bielorrússia

Seu marido fugiu para a capital ucraniana, Kiev. Todavia, ele disse à agência de notícias AFP que espera se juntar à sua esposa na Polônia “em um futuro próximo”.

O incidente voltou a colocar os holofotes na Bielorrússia, que é governada pelo presidente Alexander Lukashenko desde 1994. No ano passado, logo depois, os protestos em todo o país sobre sua disputada reeleição foram reprimidos com violência pelas forças de segurança.

Alguns dos que se juntaram às manifestações também eram atletas de nível nacional, assim que perderam recursos, foram cortados das seleções e detidos. O governo bielorrusso ainda não comentou a decisão polonesa.

Velocista recebeu ordem de fazer as malas

A velocista, que deveria competir no evento feminino dos 200m na ​​segunda-feira (2/8), reclamou nas redes sociais sobre ter sido inscrita na corrida de revezamento 4x400m em um curto espaço de tempo depois que alguns companheiros foram considerados inelegíveis para competir.

O vídeo gerou críticas na mídia estatal, com um canal de televisão dizendo que ela não tinha “espírito de equipe”.

Timanovskaya disse que as autoridades foram ao seu quarto e lhe deram uma hora para fazer as malas antes de ser escoltada até o aeroporto Haneda, em Tóquio. Ela diz que foi “pressionada” pelos oficiais da equipe para voltar para casa e pediu ajuda ao Comitê Olímpico Internacional (COI).

Ft:bbc