Vendas no varejo de livros no Brasil no acumulado, até agora, registrou 43,9 milhões de livros comercializados em 2021
Aconteceu o 11º Painel do Varejo de Livros no Brasil, realizado pela Nielsen BookScan, com divulgação do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). Como resultado, mostra que as vendas do setor cresceram 33,03% em volume e 31,14% em valor no acumulado de janeiro a novembro deste ano, em comparação a igual período de 2020.
O resultado supera o desempenho de todo o ano passado, quando foram vendidos 41,9 milhões de exemplares, com receita de R$ 1,74 bilhão. No acumulado até agora, o varejo registrou a comercialização de 43,9 milhões de livros em 2021, com faturamento de R$ 1,83 bilhão. Em contrapartida, a venda das 32,99 milhões de unidades no mesmo período de 2020, gerou uma receita de R$ 1,39 bilhão.
Para o presidente do SNEL, Marcos da Veiga Pereira, o estudo representa o otimismo que os mercados brasileiro e mundial estão vivendo. Segundo Pereira, o isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus favoreceu o encontro dos leitores com a literatura e impulsionou as vendas deste ano. Dessa forma, confirmou que o mercado se encontra em expansão.
Marcos Pereira enfatizou que o resultado obtido até o momento “é espetacular”. “A gente não tinha ideia que fosse conseguir manter o crescimento ao longo do ano, nesses meses agora, em que a gente estava vendendo muito livro no ano passado. E continuamos vendendo mais do que no passado, com uma previsão de fechar 2021 perto de 25%”.
Ele acredita que a curva continuará ascendente em 2022, mas não nesse nível. “Mas se a gente conseguir continuar crescendo a taxas mais parecidas com algo entre 5% a 10%, eu vou estar muito feliz, porque a gente vai estar em um mercado robusto que continua a crescer”, comenta.
Resiliência
De acordo com o levantamento, a elevada variação apurada este ano, até novembro, resulta de dois momentos diferentes do mercado livreiro: em 2020, um mercado atingido pelas medidas restritivas para conter a transmissão da covid-19 e, em 2021, um setor livreiro mais consolidado e resiliente.
O presidente do SNEL lembrou que no primeiro semestre deste ano, ocorreu uma segunda onda forte da covid, que levou várias lojas ainda a fecharem. “Eu não acho que isso vai acontecer em 2022”.
Ao mesmo tempo, assinalou que há uma grande incógnita, ou indefinição, sobre o quanto as eleições e o cenário geral brasileiro podem contribuir negativamente para o setor, de alguma maneira. “Então, eu acredito que a gente precisa continuar a gerar boas notícias. Para que a leitura continue em alta e as pessoas continuem interessadas em ler”.
O preço médio por exemplar praticado nos primeiros 11 meses deste ano, da ordem de R$ 41,64, apresentou redução de 1,42%. Quando em relação ao valor médio registrado de janeiro a novembro de 2020 (R$ 42,24).
Isso é feito através da coleta de dados do Painel diretamente do “caixa” das livrarias, ‘e-commerce’ e varejistas colaboradores. Enviam eletronicamente as informações em formato de banco de dados e, após o processamento, os dados são enviados ‘online’ e atualizados semanalmente.
Do mesmo modo, o Nielsen BookScan é o primeiro serviço de monitoramento de vendas de livros no mundo, atuando em dez países. O resultado desse trabalho contribui para a tomada de decisão das editoras. O SNEL divulga o Painel das Vendas de Livros no Brasil a cada quatro semanas.
Fonte: Agência Brasil