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Venezuela anunciou que rompeu as relações diplomáticas com o Paraguai por reconhecer Edmundo González o presidente do País - Foto: Marcelo Camargo/EBC

Venezuela rompe relações diplomáticas com Paraguai após apoio a opositor

Após a declaração da Venezuela, Paraguai exigiu a saída do pessoal diplomático venezuelano do país em até 48 horas

A Venezuela anunciou nesta segunda-feira (6) que rompeu as relações diplomáticas com o Paraguai após o presidente do país voltar a reconhecer Edmundo González, opositor venezuelano, como presidente eleito do país. Edmundo foi adversário do presidente Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho.

Chancelaria se manifestou em um comunicado

O governo venezuelano afirmou que o rompimento diplomático ocorreu no “pleno exercício da sua soberania” e, portanto, inclui “a retirada imediata de seu pessoal diplomático credenciado no país”.

A Venezuela disse “rechaçar categoricamente” as declarações de Peña. Eles acusaram o presidente paraguaio de ignorar o direito internacional e o princípio de não-intervencionismo, reincidindo em uma “prática fracassada”.

No fim do texto, a chancelaria reiterou seu “compromisso com a defesa da democracia e da paz”. Ainda assim, reafirmou que nenhuma ação “instruída pelo fascismo internacional conseguirá quebrar a vontade de um povo firme na construção de seu próprio destino.

Após a declaração venezuelana, o Paraguai exigiu a saída do pessoal diplomático venezuelano do país

A informação divulgada pela presidência paraguaia, exigiu “que o embaixador Ricardo Capella e o pessoal diplomático acreditado no Paraguai abandonem o país nas próximas 48 horas”. O comunicado ratificou “o firme e contundente apoio do Paraguai ao direito do povo venezuelano a viver em uma democracia”.

Rompimento e contestações

Caracas já havia rompido relações com os Estados Unidos em 2019 devido ao apoio dado ao opositor Juan Guaidó, que liderou um governo interino simbólico, respaldado na época por cerca de 50 governos.

A reeleição do herdeiro político de Hugo Chávez desencadeou protestos que resultaram em 28 mortos e 200 feridos. Além disso, houve mais de 2.400 presos, incluindo adolescentes, acusados de terrorismo e encarcerados em prisões de segurança máxima. Aliás, cerca de 1.500 já foram liberados.