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Voo Simples simplificará os processos para fabricação, importação ou registro de aeronaves

Voo Simples: Programa vai reduzir a burocracia no setor aéreo

Medida Provisória que faz parte do Programa Voo Simples vai reduzir burocracia no setor aéreo e gerar mais empregos

A edição de 30 de dezembro de 2021, do Diário Oficial da União (DOU), trouxe a Medida Provisória nº 1.089/2021, que faz parte do programa Voo Simples. A iniciativa reúne 69 medidas que atualizam e reduzem a burocracia de processos e procedimentos do setor aéreo. Dessa forma busca aumentar a eficiência na prestação de serviços e o desenvolvimento da aviação civil. Mais de 90% das ações já iniciaram ou foram concluídas.

O texto regulamenta os chamados “vazios regulatórios”, os quais emperravam investimentos no modal. Além disso, reformula requisitos legais e regulatórios que se tornaram obsoletos ao longo dos anos e necessitavam passar por atualização.

Na prática, o programa Voo Simples traz melhorias estruturantes para o setor com foco na simplificação de procedimentos e alinhamento às regras internacionais. Assim como o aumento da conectividade e fomento de um novo ambiente de negócios, mantendo os altos níveis de segurança exigidos.

A revisão da TFAC reduz de 342 para 25 os fatos geradores, deixando os valores de cobrança mais justos

Na avaliação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, o programa dará mais eficiência ao setor pela incorporação de novas tecnologias, transformação digital, liberdade para a inovação e criação de modelos de negócios no modal aéreo. “Estamos lançando iniciativas que buscam diminuir o peso do Estado sobre o setor, inclusive sobre a aviação geral, que representa 97% do total de aeronaves registradas no país e engloba setores estratégicos para a economia brasileira, como o transporte de carga, o táxi-aéreo e as operações aeroagrícolas”, disse.

Para se ter uma ideia do impacto da MP sobre as despesas do setor, a revisão da Taxa de Fiscalização da Aviação Civil (TFAC) reduz de 342 para 25 os fatos geradores, deixando os valores de cobrança mais justos. Por exemplo, uma certificação concedida a um balão girava em torno de R$ 900 mil. Agora, vai passar para R$ 20 mil, podendo chegar em alguns casos a R$ 500.

Conectividade e segurança

Entre os destaques do Voo Simples está a simplificação dos processos para fabricação, importação ou registro de aeronaves. Atualmente os processos demandam muitas fases, podendo levar meses para se importar e registrar um avião no país. Agora, empresas de pequeno porte e que atendem localidades remotas terão mais agilidade na prestação do serviço. Assim, a conectividade aérea, principalmente em regiões mais remotas, será beneficiada.

Também estão simplificando as exigências para a atuação no setor de táxi-aéreo, equilibrando a regulação de modo adequado ao tamanho de cada empresa. A ideia é permitir que novos operadores de pequeno porte entrem no mercado para que, com um custo mais baixo, prestem serviços de transporte aéreo, aumentando a oferta de mobilidade nas áreas menos atendidas, mantendo sempre a segurança. Por meio da MP, foram revogados e revisados dispositivos do Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) e das leis Nº 11.182/2005 (de criação da Anac), Nº 6.009/1973 e Nº 5.862/1972.

Isto é essencial no processo de retomada da aviação civil brasileira no cenário pós Covid-19

Segundo o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Juliano Noman, a MP vai permitir a melhoria do ambiente de negócios. Bem como a atração de investimentos e a redução de custos para o setor e para a administração. Isto é essencial no processo de retomada da aviação civil brasileira no cenário pós Covid-19. Além disso, com a redução da burocracia, a Agência poderá concentrar seus recursos na promoção da segurança da aviação civil brasileira.

“O programa de redução de burocracia entra em vigor com a publicação da MP. O foco é na retomada do setor, que foi um dos mais impactados pela crise sanitária. Mas é tão pungente e resiliente que, no mercado doméstico, já atingiu neste mês 100% do período pré-pandemia”, explicou o secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann. “Esses ajustes contribuirão para reduzir os custos do setor e os impactos causados pela covid-19, gerando mais empregos.”

Fonte: Governo Federal