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O processo da geração antiga dizer que a geração Z ou nova é pior e mais preguiçosa vem desde a época de Sócrates

A Geração Z não é preguiçosa, segundo este professor de Cambridge

O processo da geração antiga dizer que a geração nova é pior e mais preguiçosa vem desde a época de Sócrates

Seja qual for a sua geração, você provavelmente já ouviu essa frase algumas (ou várias) vezes de alguém mais velho: “Essa geração de hoje em dia não quer nada com nada, só quer saber de festa. Na minha época não era assim…”. Isso porque esse tipo de frase já foi ouvida por todas as gerações já que toda geração antiga até a geração Z ou nova alguma vez.

Nos últimos anos, a tendência para acreditar que a Geração Z preguiçosa tem crescido cada vez mais. Especialmente desde a chegada do home office e das melhorias nas condições de trabalho focadas na promoção da conciliação familiar em favor da vida privada e da saúde mental, um professor da Universidade de Cambridge tem outra opinião sobre essa crítica.

Segundo Thomas Roulet, o discurso a respeito da Geração Z não difere muito daquele que já vem se repetindo desde os anais da história. Cada geração mais jovem que as anteriores passou por algum ponto em que as demais afirmaram que eram mais preguiçosas do que nunca.

Aconteceu com os Millennials, aconteceu com os Boomers, e até com Sócrates, que também destacou em sua época que as crianças amavam o luxo e não respeitavam nem pais e nem professores. Poderia ser 2020, mas essa ideia também já atribuíram a Platão e Aristóteles. Se você está perdido em que ano começou cada geração e quer saber de qual você faz parte, temos um artigo explicando.

A Geração Z tem uma perspectiva diferente sobre o trabalho

O CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, declarou: “Não se sintam mal pela Gen Z e nem pelos Millenials [Gen Y], eles vão trabalhar menos e viver mais”, relatou o Business Insider. Segundo ele, as novas gerações vão trabalhar cerca de 3,5 dias por semana, viverão até os 100 anos, sobreviverão ao câncer e poderão se manter em boa forma se o mundo não for destruído por armas nucleares. A fala de Dimon corrobora com a visão do professor Roulet.

Além disso, Thomas Roulet coloca sobre a mesa a necessidade de levar em conta também um contexto adicional, o econômico. “Embora um emprego de há 30 ou 20 anos tivesse proporcionado maior segurança, este não é necessariamente o caso hoje”, afirma o docente. Se o trabalho não oferece oportunidade de crescimento ou tem salário insalubre, a Gen Z simplesmente não fica presa e vai procurar outro emprego.

Entretanto, essa questão da busca constante pelas melhores condições de trabalho não é foco único da Geração Z. Essa geração também tem uma ambição silenciosa através da qual buscam maior estabilidade em suas vidas profissionais e privadas. O bem-estar e a vida fora do trabalho ganharam muito mais peso para a Gen Z. Uma mudança que as gerações mais velhas parecem não entender (ou não querem entender).

Isso está longe de ser uma questão de preguiça em relação ao trabalho. O que Jamie Dimon deduziu sobre a facilidade de sobreviver aos problemas do dia-a-dia é, por sua vez. O que também justifica a abordagem de Thomas Roulet. A Geração Z tem uma perspectiva diferente sobre o que significa trabalho. Embora ainda seja uma parte importante das suas vidas, ao contrário do que acontece com os restantes, já não é uma prioridade.