EUA, Reino Unido e Austrália desenvolverão armas hipersônicas juntos, conforme acordo de segurança Aukus
Reino Unido, Estados Unidos e Austrália anunciaram nesta terça-feira (5) que desenvolverão juntos armas hipersônicas, como parte do acordo de segurança AUKUS, criado para contra-atacar a influência da China na região Ásia-Pacífico.
“Nos comprometemos (…) hoje a iniciar uma nova cooperação trilateral sobre meios de guerra hipersônica, antihipersônica e eletrônica”, anunciaram o presidente americano Joe Biden e os primeiros-ministros britânico, Boris Johnson, e australiano, Scott Morrison, em um comunicado conjunto.
Assim também decidiram “ampliar a troca de informações e aprofundar a cooperação em inovação da defesa”.
Os mísseis hipersônicos, por exemplo, podem alcançar cinco vezes a velocidade do som ou mais. Além disso, são mais rápidos e manobráveis que os mísseis padrão, o que os torna mais difíceis de interceptar.
Em outubro de 2021, os Estados Unidos testaram com sucesso esta tecnologia, que Rússia e China já utilizaram. Em março, no entanto, a Rússia afirmou ter usado mísseis hipersônicos na Ucrânia, o que seria o primeiro uso conhecido e em condições de combate desse sistema testado pela primeira vez em 2018.
Estados Unidos, Reino Unido e Austrália fecharam uma associação estratégica para a região Indo-Pacífica, chamada AUKUS, em setembro de 2021.
A aliança prevê a entrega de submarinos de propulsão nuclear à Austrália. Os três países disseram, nesta terça, que estavam “felizes” com os avanços neste âmbito.
O que é AUKUS
É o maior acordo de segurança entre as três nações desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45), de acordo com os analistas do setor de defesa e segurança. O nome é um jogo de palavras com letras dos nomes dos três países em inglês (Au, UK e US).
O pacto se concentrará na capacidade militar, separando-a da aliança de compartilhamento de inteligência Five Eyes, que também inclui a Nova Zelândia e o Canadá. Segundo Boris Johnson, o Aukus também não afeta outras alianças estratégicas na área de defesa, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
“Esta é uma oportunidade histórica para as três nações, com aliados e parceiros com ideias semelhantes. Vamos proteger nossos valores e promover a segurança e a prosperidade na região do Indo-Pacífico”, afirma a declaração conjunta dos mandatários dos três países.