O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), realizou um levantamento junto ao mercado brasileiro de aviação agrícola
Os dados sobre frota aeroagrícola brasileira consideram as aeronaves já entregues, sendo 84 aviões turboélices e 65 aviões modelo Ipanema 203 de motor a pistão, de acordo com anúncio da Embraer.
No caso dos turboélices, entraram no Brasil, 75 aeronaves da fabricante norte-americana Air Tractor. Isto é, 16 aeronaves modelo AT-402 B, 12 AT-502A (XP), 25 AT-502 B, 13 AT-602 e nove AT-802A. Além de nove turboélices fabricados pela também norte-americana Thrush Aircraft.
O Sindag informou que ainda não concluiu o levantamento atualizado de toda a frota aeroagrícola brasileira (estimada em mais de 2,6 mil aeronaves). Os números preliminares reafirmam o maior crescimento da frota de turboélices, especialmente por serem aeronaves de maior capacidade e mais rendimento, ideal para áreas maiores.
Essa tendência, segundo o Sindicato, já dura mais de 10 anos e vem também no embalo da maior variedade de modelos do segmento.
Mesmo assim, o modelo Ipanema de fabricação nacional segue imbatível, ainda respondendo por pelo menos 50% de toda a frota nacional do setor, e com a Embraer anunciando a meta de aumentar sua produção para 70 aviões em 2024.
O Sindag explica que isso ocorre não apenas pela importância do setor aeroagrícola para a produtividade nas principais lavouras do País. Mas, no caso do Ipanema, também devido ao apelo (econômico e ambiental) de seu motor movido a etanol. Além de outras características operacionais que o colocam em um nicho operacional importante.
O Ipanema é responsável direto por cerca de um terço da frota aeroagrícola brasileira ser movida a combustível verde atualmente. Trata-se de um projeto dos anos 1970, mas que está em sua sétima geração, com o modelo EMB-203.
Além disso, desde 2004 o Ipanema sai de fábrica movido a etanol, a partir do modelo EMB 202A, que foi a primeira aeronave do mundo homologada para sair de fábrica movida a biocombustível.
Para completar, em dezembro a fábrica em Botucatu, atingiu a marca de 1,6 mil aviões agrícolas produzidos desde os anos 1970. O aparelho que marcou o feito adquirido pela empresa Ceal Aviação Agrícola, de Palotina/PR, associada ao Sindag.