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As tumbas contêm ossos de Homo naledi, primos distantes do homem que tinham o cérebro do tamanho de uma laranja

Cientistas descobrem na África do Sul primeiras tumbas da pré-história

Tumbas datam de pelo menos 200 mil anos a.C

Uma equipe de cientistas liderada pelo paleoantropologista Lee Berger afirmou nesta segunda-feira (5) que descobriu na África do Sul as tumbas mais antigas da pré-história.

“Tratam-se dos enterros de hominídeos mais antigos já registrados. Anteriores em ao menos 100 mil anos aos enterros de Homo sapiens”, afirmam os cientistas em uma série de artigos, que precisam de revisão por seus pares antes da publicação na revista científica “eLife”. “Estas descobertas mostram que as práticas mortuárias não se limitavam ao Homo sapiens ou a outros hominídeos de cérebro grande.”

As sepulturas ovais, foram descobertas a cerca de 30 metros sob a terra, no sítio paleontológico “Berço da Humanidade”, no noroeste de Johanesburgo. Sendo assim, patrimônio mundial pela Unesco e repleto de cavernas e fósseis pré-humanos.

As tumbas encontradas na África do Sul datam de pelo menos 200 mil anos a.C

As tumbas contêm ossos de Homo naledi, primos distantes do homem que tinham o cérebro do tamanho de uma laranja. Cuja descoberta por Lee Berger, em 2013 havia questionado algumas teorias sobre a evolução.

As sepulturas mais antigas que descobriram, principalmente no Oriente Médio e Quênia, tinham cerca de 100 mil anos. Além disso, continham restos de Homo sapiens, antepassado direto do homem. As tumbas encontradas na África do Sul datam de pelo menos 200 mil anos a.C.

Durante as escavações, que começaram em 2018, a equipe de Lee Berger também encontrou símbolos geométricos — linhas, quadrados e cruzes — traçados nas paredes dos túmulos. Isto significaria que não apenas os humanos não foram os únicos que desenvolveram práticas simbólicas, mas também que sequer podem ter sido os que criaram este comportamento. Segundo observou o paleoantropologista de 57 anos, apoiado pela “National Geographic”.

Os pesquisadores costumam associar o domínio do fogo, da gravura e da pintura ao tamanho grande do cérebro do homem moderno.