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Sanção de Airbus e Boeing contra a Rússia deve valer por tempo indeterminado

Boeing e Airbus suspendem as suas operações na Rússia

Conflito no leste europeu motivou suspensão de atividades de Boeing e Airbus

Na esteira de diversas empresas que impuseram sanções comerciais à Rússia pela invasão à Ucrânia, a Airbus anunciou nesta quarta-feira (2) que suspendeu os serviços de suporte e a entrega de peças de reposição a clientes do país, assim também, a medida acompanha a decisão da concorrente americana Boeing, que anunciou uma suspensão temporária de seus serviços na Rússia na noite da terça-feira (1º).

“Em linha com as sanções internacionais em vigor, a Airbus suspendeu os serviços de suporte às companhias aéreas russas, bem como o fornecimento de peças de reposição para o país”, diz a gigante europeia, em comunicado à imprensa. “Os serviços fornecidos pelo Centro de Engenharia da Airbus na Rússia (Ecar) também foram suspensos, aguardando uma revisão adicional.

A Boeing, por sua vez; afirmou que a restrição ao acesso de funcionários e parceiros na Rússia vai durar até que o governo dos Estados Unidos permita licenças de exportação.

“Suspendemos as principais operações em Moscou e assim fechamos temporariamente nosso escritório em Kiev”, diz a Boeing, também em nota à imprensa. “Ao mesmo tempo, estamos suspendendo serviços de peças, manutenção e suporte técnico para companhias aéreas russas. Assim, à medida que o conflito continua, nossas equipes estão focadas em garantir a segurança de nossos companheiros de equipe na região.”

Sanções conjuntas

As sanções conjuntas de Boeing e Airbus bloquearão a entrega de 37 novos aviões para companhias aéreas da Rússia neste ano, entre eles o 737 Max, da fabricante americana. Vinte e cinco desse total (67,56%) iria para a Utair; e outros 25 já estavam encomendados, incluindo então 13 modelos A350 da Airbus para a Aeroflot.

A sequência dos eventos tem deixado a aviação russa cada vez mais isolada. A indústria aeroespacial do país, vale ressaltar, é uma das maiores no planeta, respondendo portanto por cerca de 6% dos voos em todo o mundo no ano passado. Além disso, Boeing e Airbus, atualmente, respondem por quase dois terços da frota aérea da Rússia — 332 aeronaves da empresa americana e 304 da europeia.