Em Mato Grosso, a demanda reprimida de cirurgias é de 7.314 de urgência, com um total de 13.676 pessoas aguardando na fila de regulação
A Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da ALMT realizou (24), audiência pública para discutir seus principais problemas. Bem como as possíveis soluções para a regulação de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado.
Em Mato Grosso, a demanda reprimida de cirurgias de urgência é de 7.314 e eletivas, 6.362. Um total de 13.676 pessoas aguardando na fila de regulação. Os dados foram apresentados pela secretária adjunta executiva de Saúde, Kelluby de Oliveira.
Entre as ações, a partir da intervenção do estado, Kelluby destacou a retomada dos serviços que estavam paralisados. O aumento no atendimento do Hospital Estadual Santa Casa e no Metropolitano.
O presidente da Comissão de Saúde, deputado Lúdio Cabral (PT), cobrou da Central de Regulação quais os tipos de cirurgia que esses pacientes necessitam. E qual o tempo de espera dos procedimentos, afirmou que o complexo regulador tem o dever de racionalizar os procedimentos do estado.
O parlamentar pediu também aos representantes da regulação do SUS dados dos locais que esses pacientes necessitam de atendimento. “Para que possamos cobrar mais e pensar em novas iniciativas, como, por exemplo, fazer debates específicos como a gente tem feito na oncologia”.
Cuiabá
A representante do gabinete estadual de intervenção da saúde de Cuiabá, Deisi de Cássia Bocalon Maia, afirmou que a demanda do município é de 28.122 pacientes na fila, sendo 4.046 de urgência e 24.076 eletivos.
De acordo com Deisi, desde 14 de março de 2023, com a intervenção estadual no município de Cuiabá, realizam algumas ações diárias. Com a reestruturação do setor de triagem, cruzamento do Sistema Nacional de Regulação (Sisreg) e o Sistema de Mortalidade (SIM), oportunizou a retirada de 17 mil usuários da fila de espera de procedimento hospitalar que já estavam em óbito.
O promotor de Justiça, Milton Mattos da Silveira Neto, da 7ª Promotoria de Justiça Cível de Tutela Coletiva da Saúde de Cuiabá, disse que o serviço de regulação do SUS mostra uma desorganização na questão de prestação de serviço ao cidadão.
Milton disse também que está em tratativas com o Ministério Público do Distrito Federal para importar uma tecnologia mais eficaz e transparente. Dessa forma, vai permitir coletar dados importantes oriundos das ações judiciais e oferecer esse serviço ao estado e municípios.
O Ministério da Saúde, no entanto, paga dez reais numa consulta médica, um procedimento de biópsia custa cerca de 30 reais.
Na audiência pública, Luzinete Siqueira Rosa, assessora técnica da Comissão de Saúde e Assistência Social do Tribunal de Contas do Estado (TCE), fez uma palestra sobre o tema “Fragilidades do Sistema de Regulação”.