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Projeto de ampliar vacinação contra o HPV é do deputado Max Russi, presidente da ALMT

Proposta da ALMT amplia vacinação contra HPV no Estado

Projeto passou de primeira na ALMT e deve fortalecer a vacinação contra o HPV em todo o Mato Grosso

Foi aprovado, em primeira votação na ALMT, o Projeto de lei nº 945/2021, que pede a ampliação da cobertura de vacinação ao Papilomavírus humano HPV em Mato Grosso. A nova medida foi proposta pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi. Ela estabelece a criação da política estadual de prevenção ampliada em todo o Estado.

Conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES), não há dados sobre o número de infectados em MT nos últimos anos, devido ao HPV não ser uma doença de notificação compulsória. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, o Ministério da Saúde ainda estuda estabelecer a obrigatoriedade das notificações dos casos, por parte dos municípios.

O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais frequente no mundo. Sendo assim, está associada ao desenvolvimento da quase totalidade das neoplasias de colo de útero. Assim como a diversos outros tumores em homens e mulheres.  Justificativas do PL atestam que a vacinação contra HPV é uma das intervenções mais efetivas para prevenir a infecção por esses vírus e o desenvolvimento de tumores relacionados.

O câncer de colo de útero é a segunda neoplasia maligna mais comum na população feminina mundial. Entretanto, ela pode ser evitada através da vacina do HPV. No Brasil, é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres, perde apenas pelo câncer de pele não melanoma, mama e colorretal. Dessa forma é a quarta causa de morte por câncer no público feminino. Estima-se, contudo, cerca de 16 mil novos casos e uma média de 5 mil mortes por ano.

Exames na ALMT

No ano passado, a Assembleia Legislativa disponibilizou durante o mês de outubro, exames de mamografia e papanicolau  para todas as colaboradoras do Legislativo. De acordo com a Supervisão de Qualidade de Vida da Assembleia (Qualivida), 22 mulheres passaram pelo procedimento.

O presidente da Assembleia Legislativa acredita que com a sanção da nova medida, muitos jovens e adultos que contraíram o vírus HPV e não tiveram oportunidade prévia de vacinação por não se enquadrarem nos critérios do Programa Nacional de Imunização (PNI), possam agora receber atendimento.

“Esse vai ser um passo muito importante. Até porque existe um grande número de pessoas que contraiu a doença e não teve a chance de se vacinar. Assim a vacinação ainda evita problemas maiores”, complementou.

Vacinação

O Ministério da Saúde indicou, em 2017, a vacinação contra HPV para mulheres e homens com imunossupressão até 26 anos de idade. Em 2021, então ampliou essa proteção para as mulheres até 45 anos. Essa vacinação, seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), ocorre com a aplicação de três doses em intervalos de dois meses, entre a primeira e segunda, e a terceira dose seis meses após a primeira aplicação.

Nesses casos, a prescrição médica da vacina HPV será necessária para a aplicação. A ampliação da vacinação não incluiu a população masculina, visto que até o momento, a indicação da bula da vacina HPV no Brasil limita a idade no sexo masculino para 26 anos, enquanto nas mulheres essa indicação é até os 45 anos de idade.

Fonte: Secom ALMT