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Estudo do DNA do câncer levou a novas descobertas sobre a doença

Análise do DNA do câncer descobre alguns segredos da doença

A análise do DNA do câncer feita pela Universidade de Cambridge é a maior já feita

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Cambridge e da Cambridge University Hospitals, no Reino Unido, liderada pela pesquisadora-chefe Serena Nik-Ziainal; analisou os dados de DNA anônimos do Projeto 100.000 Genomas, que junta dados de pacientes do câncer e outras doenças raras; para mapear o genoma dos tumores de cerca de 12 mil britânicos.

A quantidade de dados, então inédita até o momento, permitiu a descoberta de novos padrões genéticos da doença, o que revela causas ainda pouco compreendidas pela ciência. O diagnóstico e o tratamento de câncer poderá ser melhorado a partir do estudo, de acordo com os pesquisadores. A publicação foi feita no periódico científico Science.

O que revela o DNA do câncer

O câncer nada mais é do que uma corruptela das células saudáveis do nosso corpo, geradas então por mutações de DNA que modificam as células até o ponto de crescerem e se multiplicarem desenfreadamente. A maioria delas é categorizada com base na localização do câncer no corpo e no tipo de célula envolvida; agora, a nova pesquisa vem trazer novos dados importantes a essa catalogação.

Apesar de ser novidade, esse sequenciamento completo do genoma do câncer já está disponível no National Health Service (NHS), o sistema público de saúde britânico, apenas para um número pequeno de tumores, no entanto, o que inclui alguns de sangue.

Ocorreu a análise de milhares de alterações genéticas em cada tumor estudado, detectando combinações específicas de alterações genéticas; as assinaturas mutacionais, que podem ser a chave para o desenvolvimento de todas as categorias da doença.

Segundo Serena, o estudo é uma espécie de escavação arqueológica do câncer: os padrões ou impressões no campo da doença; como pegadas de dinossauros, de acordo com ela, revelam o que está acontecendo de errado.

Sendo que o câncer de cada pessoa difere, saber então que é possível personalizar o relatório da doença significa que estamos um passo mais perto de personalizar o tratamento para elas, completa a pesquisadora-chefe.