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Acontece o 1º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha de Produção (OPP), feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural

ANP: 1º Ciclo de Partilha do Pré-Sal arrecada R$ 916 milhões

O primeiro ciclo dos 11 blocos ofertados, sete não tiveram interesse pelas empresas

O 1º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha de Produção (OPP), feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), arrecadou um total de R$ 916,252 milhões em bônus de assinatura, além da previsão de investimentos de R$ 432 milhões por parte das empresas ganhadoras.

O valor é pago pelas vencedoras do leilão de cada bloco exploratório, em dinheiro, para a União, antes de assinarem o contrato. O valor é fixo, definido no edital, ao contrário do regime de concessão, onde o valor do bônus é um dos critérios de seleção das vencedoras.

No caso do regime de partilha, o critério é a oferta de maior excedente em óleo para a União. O edital traz um percentual mínimo, a partir do qual as empresas fazem suas ofertas. A ANP explica que o excedente em óleo é a parcela da produção de petróleo e gás natural a ser repartida entre a União e a empresa contratada, depois de descontado do volume total da produção as parcelas relativas aos royalties e ao custo da operação.

O diretor-geral da ANP, Rodolfo Sabóia, considerou que o leilão foi um sucesso, tendo alcançado 72% do total de bônus ofertado na rodada, de um total possível de R$ 1,28 bilhão, “um resultado muito bom para o Brasil”, segundo ele.

“Com isso nós garantimos investimentos mínimos da ordem de R$ 1,44 bilhões. Aliás, isso vai resultar em atividade econômica, geração de emprego e renda para os brasileiros. Isso mostra que as áreas de maior potencial foram objeto de interesse das empresas de exploração e produção de petróleo e gás. Mas a melhor notícia de hoje é que conseguimos obter competição para duas dessas quatro áreas mais relevantes são Água Marinha e Norte de Brava”, disse o diretor-geral.

Blocos

Ao todo, a oferta no leilão chegou a 11 blocos de exploração de óleo e gás dentro do Polígono do Pré-sal, nas bacias de Campos e de Santos. Apenas quatro receberam propostas.

Arremataram o bloco Água Marinha pelo consórcio formado pela Total Energies EP, Petronas, assim como Qatar Energy, com a oferta de 42,40% em óleo excedente. A Petrobras entrou na concorrência desse bloco com a Shell Brasil, ficando em segundo lugar. A estatal brasileira exerceu o seu direito de participação e entrará no consórcio. Todavia, o ágio conseguido em óleo foi 220,48% acima do volume mínimo estipulado no edital.

Norte de Brava, também em Campos, foi arrematado pela Petrobrás com 61,71% de oferta de excedente em óleo, o que representa ágio de 171,73%. Assim também o consórcio concorrente formado por Petrobras, Equinor Brasil e Petronas, com oferta de excedente de 30,71%.

Na Bacia de Santos, as duas áreas arrecadadas receberam ofertas únicas. Sendo assim, a BP Energy arrematou Bumerangue com oferta de 5,9% de excedente, ágio de 4,24%. A Petrobras arrematou o Bloco Sudeste de Sagitário, com oferta de 25% do óleo excedente, um ágio de 17,37%.

Sabóia destaca as áreas de Sudoeste de Sagitário, Norte de Brava e Bumerangue já haviam sido ofertadas anteriormente, mas nenhum interessado se manifestou no leilão. Por falta de proponentes, não houve arremate nos blocos Itaimbezinho e Turmalina, na Bacia de Campos. Assim como Ágata, Cruzeiro do Sul e Esmeralda, na Bacia de Santos.

Fonte: Agência Brasil