Lemborexant: melhor em eficácia contra à insônia
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pode aprovar o o melhor remédio para a insônia. Pois, o medicamento lemborexant já foi aprovado em 2019 pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos. O lemborexant pode chegar às farmácias do país em 2023. É o que acredita, no entanto, a farmacêutica que produz a droga, a japonesa Eisai.
Levantamento da Associação Brasileira do Sono (ABS) revela que 73 milhões de brasileiros sofrem com insônia e dormem mal. Consequentemente, lidam com prejuízos tanto para a saúde física quanto mental.
Vendido pelo nome comercial de dayvigo, nos EUA, o medicamento foi eleito pela Oxford, como o remédio contra insônia de melhor perfil de eficácia, aceitabilidade e tolerabilidade entre 36 medicamentos. Isso, logo após uma revisão de estudos feitos em mais de quatro décadas. A publicação do resultado se deu pela revista científica The Lancet.
A diferença do lemborexant para os demais é que ele age por uma via diferente do cérebro, bloqueando o sistema orexina (hipocretina), um neurotransmissor que tem como função manter a vigília e o despertar.
Dependência e risco de demência
Já os medicamentos mais receitados no Brasil, os benzodiazepínicos, em vez de inibir a vigília, induzem um neurotransmissor chamado gaba, pois, o mesmo diminui a atividade do sistema nervoso. Desse modo, provoca a sensação de relaxamento e sono. O problema é que seu uso crônico causa dependência e aumenta o risco de demência.
“Deve-se notar que o lemborexant age através de uma via diferente no cérebro. No sistema neurotransmissor orexina (hipocretina), um mecanismo novo de ação. O direcionamento mais seletivo dessa via e dos receptores de orexina pode levar a melhores tratamentos farmacológicos para a insônia”, afirma Philip Cowen. Ele é professor de psicofarmacologia da Universidade de Oxford e co-autor do estudo.
A aprovação do lemborexant para insônia, em análise na Anvisa desde 2021, não ocorreu ainda por conta das prioridades demandadas pela pandemia. Pois a época pedia concentração total na aprovação das vacinas e medicamentos usados na prevenção e tratamento da Covid-19.