Previsão da redução de tarifas pelo aporte da Eletrobras foi dada pelo Ministério de Minas e Energia
A secretária-executiva do Ministério de Minas e Energia, Marisete Pereira, disse (14) que o aporte de R$ 5 bilhões da Eletrobras na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para redução de tarifas de energia, estabelecido como condição do processo de privatização da empresa, deve ocorrer até o final do mês de julho.
A informação foi dada na B3, logo após o toque de campainha de privatização da Eletrobras; cerimônia que contou com a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro. Portanto, esses recursos devem aliviar os reajustes nas contas de luz.
“Em relação aos recursos que serão aportados para que haja redução da pressão tarifária isso deve ocorrer até o final do mês de julho”, disse.
O presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, adiantou que entre os próximos passos do processo de privatização estão a assinatura dos contratos de concessão; e a aprovação em assembleias de cada uma das subsidiárias [Chesf, Eletronorte e Furnas].
“A Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] já tem conhecimento, naturalmente, da precificação; e assim já pode fazer a convocação para a Eletrobras fazer a assinatura. Após a convocação, tem até 15 dias para fazer a assinatura. Depois, o Grupo Eletrobras vai realizar o pagamento ao Tesouro e o aporte na CDE em até 30 dias. Temos expectativa de que ainda no mês de julho isso aconteça”, disse.
“A partir dessa assinatura do contrato, todos os documentos aprovados na proposta de administração e o novo estatuto já passam a ter vigência”, acrescentou. Sobre o novo quadro de acionistas da elétrica e sua composição, Rodrigo Limp disse que informará após a conclusão da oferta.
Privatização
No início da tarde, o presidente da República, Jair Bolsonaro, e os ministros da Economia, Paulo Guedes, e de Minas e Energia, Adolfo Sachsida; participaram então da cerimônia de toque de campainha que marca o início da privatização da Eletrobras. A cerimônia ocorreu na B3, em São Paulo.
Na cerimônia, o ministro Paulo Guedes lembrou contudo que a operação de capitalização da Eletrobras foi complexa. “A privatização é supercomplexa, como disse então o presidente do BNDES, Gustavo Montezano. São R$ 5 bilhões que vão para o programa nuclear, R$ 32 bilhões que vão para a modicidade tarifária, R$ 25 bilhões para a União; e por fim, R$ 10 bilhões para a revitalização das bacias hidrográficas. Ela tem inúmeras dimensões e é produto de um esforço enorme”, disse Guedes.
O ministro da Economia disse, ainda, que a privatização da companhia vai garantir segurança energética para o país. “A missão é deixar esse legado para gerações futuras. É a maior empresa de geração de energia limpa e renovável do mundo, que está livre. É como um filho que saiu de casa aos 18 anos e foi para a vida. E portanto agora vai vencer e não precisa mais ficar sobre a proteção do Estado. A Eletrobras agora está livre, está capitalizada, vai seguir, e assim ela é a garantia da segurança energética do Brasil”, disse o ministro.
Fonte: Agência Brasil