A “The Line” terá custo de R$ 5,3 trilhões e cruzará o país
A Arábia Saudita revelou imagens de como será a construção da cidade vertical The Line. Um projeto sem precedentes na história, que parece sair de um filme de ficção científica. A The Line será composta de dois arranha-céus paralelos, separados por um vão de 200 m de largura. Dessa forma, cortará o país de ponta a ponta por uma extensão de 170 km, cruzando desertos e montanhas.
As fachadas espelhadas da “The Line” foram pensadas para que as estruturas fiquem mimetizadas com o ambiente
No interior do corredor, a cidade comportará 9 milhões de habitante e será carbono zero – sem veículos motorizados e estradas. Funcionando, dessa forma, com energia 100% renovável e preservando 95% das terras locais.
As fachadas espelhadas foram pensadas para que as estruturas fiquem mimetizadas com o ambiente ao redor, quase invisíveis, causando o mínimo de impacto na natureza.
A cidade se erguerá por uma altura de até 500 m acima do nível do mar, mais alta que a Torre Eiffel, em Paris, e o Empire State Building, em Nova York. E será construída em uma área de 34 quilômetros quadrados, considerada pequena para a quantidade de pessoas e serviços que abrigará.
A ideia é que os moradores, vindos de várias partes do mundo, façam tudo a pé, em uma caminhada de cinco minutos. Um trem de alta velocidade garantirá percursos mais longos e percorrerá os 170 km que ligam as duas extremidades em 20 minutos.
O conceito da cidade vertical da Arábia Saudita é conhecido como Zero Gravity Urbanism
Anunciou-se a The Line no ano passado, mas, até então, pouco se sabia sobre como seria a estrutura. Segundo o The Wall Street Journal, o projeto inicial é do escritório americano Morphosis Architects, do arquiteto Thom Mayne, vencedor do Prêmio Pritzker.
“The Line oferece uma nova abordagem ao design urbano: a ideia de sobrepor as funções da cidade verticalmente, dá às pessoas a possibilidade de se moverem perfeitamente em três dimensões (para cima, para baixo ou através) para acessá-las. Pois é um conceito conhecido como Zero Gravity Urbanism.
Diferentemente de apenas edifícios altos, este conceito sobrepõe parques públicos e áreas de pedestres, bem como escolas, residências e locais de trabalho. Tudo para poder se mover sem esforço e, ainda mais, alcançar todas as necessidades diárias em cinco minutos”, explica o site do projeto.
A The Line custará R$ 5,3 trilhões (US$ 1 trilhão) e, dessa forma, pode levar anos para ficar pronta. Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro e governante da Arábia Saudita é o visionário do projeto.
Ela está inserida em plano maior idealizado pelo monarca, a chamada Neom. Sendo assim, com mais duas estruturas futurísticas, a Oxagon, é uma área para fábricas com tecnologia de ponta. Enquanto que a Trojena, é um point turístico de montanha com o primeiro esqui ao ar livre do Golfo Pérsico. Ambas, devem custar mais R$ 2,7 trilhões (US$ 500 bilhões) em investimentos.
A Neom está liderando uma equipe das mentes mais brilhantes de todas as áreas
“A The Line enfrentará os desafios que a humanidade vive hoje na vida urbana e lançará luz sobre formas alternativas de viver. Não podemos ignorar as crises de habitabilidade e ambientais que as cidades do nosso mundo enfrentam. Portanto, a Neom está na vanguarda do fornecimento de soluções novas e imaginativas para resolver esses problemas e liderando uma equipe das mentes mais brilhantes. Assim como, em arquitetura, engenharia e construção para tornar a ideia de construir uma realidade”, disse o príncipe herdeiro.
A Neom faz parte da Saudi Vision 2030, um plano que busca diversificar a economia da Arábia Saudita e reduzir sua dependência do petróleo. Assim, contará a Enowa, uma empresa de energia, água e hidrogênio, e a Neom Tech & Digital Company.