Das mais de 9 milhões de toneladas de milho vendidas ao mercado externo, cerca de 3,56 milhões foram escoadas pelos portos do Arco Norte
Integram o Arco Norte os portos de Barcarena (PA), Itaqui (MA), Itacoatiara (AM) e Santarém (PA). Destaque para a movimentação registrada em Barcarena e Itaqui. Os dois portos, juntos, foram responsáveis pela exportação de aproximadamente 2,76 milhões de toneladas de milho. Ou seja, cerca de 78% de todo volume embarcado nos quatro portos do Arco Norte.
O volume embarcado nos estados do Pará, Maranhão e Amazonas, representa 36,4% da movimentação nacional, ultrapassando, pela primeira vez, a participação do porto de Santos na saída do cereal ao mercado internacional. Este, responsável por 24,9% da movimentação total registrada nos meses de janeiro a março. Os dados estão no Boletim Logístico de Abril, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Se o milho passa pelo Arco Norte, quase toda a totalidade do que foi exportado teve como origem Mato Grosso. O Estado é o maior produtor do cereal no Brasil, e neste primeiro trimestre ampliou as exportações da commodity em 75% na comparação anual. Conforme a Conab, Mato Grosso já embarcou 4,11 milhões toneladas pelo Arco Norte e Santos que cerca de 75% a mais que o contabilizado em igual momento do ano passado: 2,34 milhões toneladas. A maior parte da produção foi direcionada aos portos do Norte do País.
Participação do Arco Norte
Já para a soja, o porto paulista continua sendo o principal destino para o escoamento do grão comercializado. De acordo com o Boletim, 43,2% da oleaginosa exportada entre janeiro e março deste ano, cerca de 8,26 milhões de toneladas, saíram de Santos – um ligeiro aumento de 2,9 pontos percentuais com relação ao mesmo período do ano passado. A participação do Arco Norte também se elevou, saindo de 35,6% para 37,6%. “As expedições de soja a partir do Porto de Paranaguá foram menores nos três primeiros meses de 2023. Em outras palavras, um percentual de 8,7% do montante nacional contra 15,2%. O menor fluxo se dá, em razão das barreiras nas estradas causadas pelas chuvas, que obrigaram os produtos a serem escoados para outros os portos”, pondera Guth.
Preços dos fretes
Assim, as análises do Boletim Logístico mostram que no estado de Mato Grosso os preços dos fretes rodoviários registraram leve redução nos valores praticados. Ou seja, após a colheita do saldo remanescente de soja, em março. Todavia, o mercado se mantém aquecido e com cotações superiores às registradas no mesmo período do ano passado. A tendência é de que o cenário se mantenha assim, por um longo período, em decorrência das safras recordes, tanto de soja no primeiro semestre, quanto de milho no segundo.