Nascido em 1940, Arnaldo Jabor concorreu duas vezes à Palma de Ouro do Festival de Cannes
Morreu o jornalista e cineasta Arnaldo Jabor, aos 81 anos, na madrugada desta terça-feira (15/2), por complicações de um Acidente Vascular Cerebral. O carioca estava internado desde 17 de dezembro no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Nesta manhã, a produtora de cinema Suzana Villas Boas, ex-mulher de Jabor, publicou em rede social um post comunicando que “Jabor virou estrela, meu filho perdeu o pai, e o Brasil perdeu um grande brasileiro”.
A cerimônia acontece apenas para família e amigos hoje mesmo. Na quarta, o corpo segue para o Rio e será velado no Museu de Arte Moderna (MAM), a partir das 11h, aberto a todos. Depois, será cremado.
Depois de atuar como crítico de teatro e cinema na revista Movimento, virou então cineasta por influência de seu amigo Cacá Diegues. Assim, seu primeiro longa-metragem foi “A opinião pública”, filme de 1967, que retratava a classe média do Rio de Janeiro.
As obras que sedimentaram seu nome no cinema nacional, no entanto, foram as adaptações de trabalhos de Nelson Rodrigues, começando por “Toda nudez será castigada”, em 1973, baseado numa peça de teatro; e seguido por “O casamento”, de 1975, com base em um romance escrito pelo dramaturgo.
Seus maiores sucessos de bilheteria viriam mais tarde, então com os filmes “Eu te amo”; estrelado por Sônia Braga, e posteriormente “Eu sei que vou te amar”, protagonizado por Fernanda Torres e indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes.
Na década de 1990, voltou ao jornalismo, escrevendo para a Folha, O Globo, e ao Zero Hora. Nesta época, ele também passou a atuar como comentarista no Jornal Nacional, Jornal da Globo e Bom Dia Brasil; além disso, tinha espaço na rádio CBN, celebrizando-se pela veia polemista.