Arroba mato-grossense, quando convertida em dólar, cai para a última colocação no mercado internacional dos grandes players da carne bovina
Conforme dados apurados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em agosto, a arroba australiana perdeu a primeira posição para os Estados Unidos, após 28 meses na liderança.
“Perante um cenário de maior quantidade de animais ofertados para o abate, aliado a uma recessão no poder aquisitivo do consumidor interno, a arroba mato-grossense decaiu em 1,05% em agosto deste ano, frente ao registrado em julho. Portanto, ficou na média de US$ 52,82/@, a menor cotação dentre os principais players de mercado”, reforçam os analistas do Imea.
Assim também, a arroba australiana registrou queda de 2,09% no indicador, e fechou na média de US$ 81,82/@. O principal fator de baixa se pauta no aumento do estoque de animais no país. Além dos problemas sanitários diante dos casos de febre aftosa na Indonésia.
Conforme o levantamento do Imea, além da arroba bovina nos Estados Unidos e na Austrália, os analistas apontam preços médios em dólares. No Uruguai, US$ 80,48/@, o terceiro maior do período. Em seguida aparecem São Paulo, US$ 60,94/@, Argentina, US$ 57,89/@, Paraguai, US$ 55,01/@ e Mato Grosso, US$ 52,82/@.
Entressafra
Com o início da primavera, as estimativas para o curto prazo (30 dias), já apontam para chuvas entre 100 e 150 mm na maior parte das regiões do Estado, segundo a previsão do TempoCampo.
No entanto, as regiões norte e noroeste se destacaram por registrar um acumulado mais elevado, de 200 a 300 mm, cenário favorável para os pecuaristas, visto que o sistema de cria tem maior incidência na região e a seca vinha impactando na engorda dos animais de reposição.
De um modo geral, neste período de renovação das pastagens, os produtores começam a reter seus animais. Com isso tende a limitar a oferta no final do ano, sendo concentrada para animais confinados ou semi-confinados.